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A luta contra o atrito vem sendo enfrentada com superfícies cada vez mais lisas, eventualmente recobrindo o aço com diamante.
Mas uma superfície inspirada nas escamas das cobras reduziu o atrito entre dois materiais em quase inacreditáveis 40%.
A expectativa é que superfícies nanoestruturadas desse tipo possam otimizar equipamentos de todos os tipos, de motores de automóveis a equipamentos industriais e turbinas de aviões.
Christian Greiner e Michael Schafer, do Instituto de Tecnologia Karlsruhe, na Alemanha, voltaram sua atenção para as cobras porque elas são ótimas em escorregar por todo tipo de superfície e sua pele não se desgasta facilmente - tudo indica que elas só troquem de pele para crescer.
Mas os dois pesquisadores ficaram espantados quando testaram em laboratório as superfícies com texturas imitando as escamas dos animais.
"Se conseguíssemos uma redução de apenas 1% na fricção, nossos colegas engenheiros ficariam maravilhados; 40% é realmente um salto adiante e todos estão muito entusiasmados," disse Greiner.
Superfície antiatrito
A nova superfície antiatrito, contudo, não funciona bem em ambientes onde haja óleo ou outros lubrificantes. Na verdade, o efeito da pele de cobra, quando na presença de um lubrificante, cria três vezes mais atrito do que uma superfície lisa.
"Isto não é exatamente uma grande surpresa, já que nós estamos buscando inspiração na natureza e as espécies que imitamos vivem em ambientes secos e não secretam óleos ou outros líquidos em sua pele," disse Greiner.
Mas, como são muito mais eficientes do que as superfícies lisas, espera-se que as superfícies nanoestruturadas possam substituir os equipamentos lubrificados em um sem-número de aplicações.
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