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Os dados são do estudo "Mudanças na desoneração da folha de pagamentos: impactos no emprego da indústria de transformação", do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Decomtec-Fiesp).
No total, 54% das indústrias de transformação que participam da desoneração da folha irão demitir se essa política for retirada ou se houver elevação da atual alíquota de 1% para 2,5% do faturamento, conforme a proposta do governo. O estudo ainda apontou que a demissão de 290 mil trabalhadores industriais afetará a arrecadação de tributos sobre a renda e consumo e elevará as despesas do governo com seguro-desemprego. Além disso, 57 mil demissões adicionais devem ocorrer na economia, devido à redução de consumo das famílias dos desempregados pela indústria.
"O fim da desoneração vai deteriorar ainda mais a competitividade e a economia brasileira. Teremos um impacto nas demissões que deve chegar a R$ 2,6 bilhões ao ano na arrecadação tributária líquida da União. Além disso, o efeito líquido da redução da renúncia fiscal com a desoneração da folha será menor do que o esperado pelo governo", afirma o diretor-titular do Decomtec, José Ricardo Roriz Coelho.
"A indústria não vai aceitar mudanças na lei de desoneração. Já estamos pagando um preço muito alto. E todas estas demissões só agravarão o quadro de crise pelo qual estamos passando", conclui.
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