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Agricultores familiares já contrataram mais de R$ 6,8 bilhões do programa Mais Alimentos nos primeiros cinco meses da safra 2014/2015, informou Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) nesta quinta-feira (18).
O valor representa 54% do crédito de investimento acessado na safra anterior, o total de R$ 12,7 bilhões. O investimento na modernização das propriedades possibilita maior inclusão tecnológica no meio rural para a produção de alimentos.
O Mais Alimentos é um programa que tem como base uma linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que possibilita o financiamento de maquinários agrícolas com juros e prazos especiais, abaixo do mercado.
“Nós temos aumentado a cada safra mais de 50% de aplicação. O nosso programa possibilitou a mudança no perfil da dívida do agricultor familiar que era uma dívida de curto prazo, de custeio, e passou a ser uma dívida de médio e longo prazo, investimento. Estamos levando tecnologia para a agricultura familiar no campo”, afirma o coordenador do programa no MDA, Marco Antônio Viana Leite.
Para o agricultor familiar de Garibaldi (RS), Jorge Luís Mariani, de 43 anos, produzir alimentos com qualidade para o consumidor é prioridade. Segundo ele, o Pronaf Mais Alimentos possibilitou a compra de um trator traçado para trabalhar na produção vitivinícola.
“Eu reestruturei toda a propriedade, tripliquei a área plantada de uva orgânica, mecanizei toda a propriedade e consegui montar a minha pequena vinícola”, conta o produtor.
Jorge chegou a deixar o campo na década de 90, mas com o apoio das políticas públicas do governo federal retornou à terra, herança centenária de família. São 4 hectares que produzem cerca de 70 toneladas de uva orgânica por ano.
“Hoje o gerente do banco vem na minha casa oferecer o Pronaf e recursos do Mais Alimentos. É uma inversão interessante, pois apesar de pequenos, somos honestos e conseguimos cumprir com nossos compromissos”, ressaltou Jorge.
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Atualmente a propriedade produz bebidas, geleias, doces que são comercializados para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Ela também faz parte da rota de turismo rural “A estrada do sabor” juntamente com a Cooperativa de Produtores Ecologistas de Garibaldi (Coopeg).
Mais Alimentos Internacional
Na versão internacional do programa, o Brasil fez sua primeira exportação, neste ano, de equipamentos agrícolas para o Zimbábue, na África.
Foram 80 arados e 30 distribuidores de calcários, 1.100 motobombas, 320 tratores, dentre outros exportados da indústria brasileira, para ajudar no desenvolvimento do meio rural daquele país.
O Mais Alimentos Internacional também incentiva a produção da indústria nacional. “O programa se consolida como uma política de exportação de máquina e de contribuição para a produção de alimentos, principalmente, para os países africanos. Nós estamos exportando tecnologia agrícola produzida no Brasil para África”, destaca Marco Antônio Viana Leite.
Os países que participam do programa são: Zimbábue, Moçambique, Senegal, Gana, Quênia e Cuba. Já são mais de 30 indústrias habilitadas no programa e em processo de exportação de tratores, máquinas e equipamentos com alto grau de tecnologia embarcada. A previsão de exportações de máquinas e equipamentos agrícolas fabricados no Brasil é de 63.814 equipamentos.
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