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Depois de três quedas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial apresentou ligeira alta em dezembro, ficando em 45,2 pontos – diferença de 0,4 ponto em relação ao resultado de novembro (44,8). Apesar da melhora, o índice divulgado hoje (12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) fecha o ano com o empresariado demonstrando falta de confiança na economia.
Entre 1º e 10 de dezembro, a CNI entrevistou representantes de 2.758 empresas, sendo 1.061 de pequeno porte, 1.047 médias e 650 de grande porte. O indicador varia de 0 a 100 pontos, em uma tabela em que acima de 50 pontos significa confiança nos rumos da economia.
Para o economista da CNI Marcelo Souza Azevedo, apesar de pequena, a alta no índice de confiança do empresariado é importante porque interrompe trajetória de queda e abre perspectiva positiva em relação aos próximos quatro anos. “A parte da confiança é fundamental para a retomada do investimento – e o país ter investimento é uma base muito importante para que haja crescimento sustentado. Então, essa melhora é um fator superimportante, que tem que ser visto para a gente começar um ciclo virtuoso da nossa economia”, disse Azevedo à Agência Brasil.
De acordo com Azevedo, os sinais do próximo governo da presidenta Dilma Rousseff na direção da “recuperação dos fundamentos macroeconômicos”, de uma forma geral, foram fundamentais para a melhoria do índice de confiança. “De fato, a confiança dos empresários aumentou por conta das expectativas [com a nova equipe econômica].”
Segundo a pesquisa, o indicador de expectativas aumentou de 48,2 pontos, em novembro, para 49,2 pontos, aproximando-se da linha divisória de 50 pontos, que separa as perspectivas pessimistas das otimistas. Entre as grandes empresas, o índice cresceu 0,9 ponto este mês em relação ao mês passado.
Para o economista da CNI, apesar de o cenário indicar falta de confiança ao final de 12 meses, o fato de as grandes empresas terem sido responsáveis pela alta registrada em dezembro abre margem para um futuro mais positivo a partir de 2015.
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“O índice ainda está abaixo de 50 pontos. São nove meses de falta de confiança, mas a boa notícia, por outro lado, a recuperação, deu-se na expectativa das grandes empresas. Na medidas em que as grandes empresas mostram mais expectativa, elas podem, com o tempo, como são líderes de cadeias produtivas, começar a passar [a confiança] para as médias e pequenas e, com isso, aumentar confiança de um modo mais disseminado na indústria”, concluiu Azevedo.
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