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Lá pelos idos dos anos 70, a garotada se dividia da seguinte maneira: havia um grupo de meninas que sonhava em ser a Mulher Maravilha e um de meninos, que queria ter a nave invisível da Mulher Maravilha. Assim como a super-heroína americana — que viajava por aí numa aeronave com vista panorâmica de 360 graus — especialistas calculam que, em cerca de dez anos, será possível cruzar os céus apreciando nuvens fofinhas em grandes proporções ou perdendo-se no horizonte da cidade para onde se pretende ir. Tudo isso graças à um moderno projeto desenvolvido pela empresa inglesa Centre for Process Innovation (CPI).
O plano consiste em eliminar as janelinhas presentes nos aviões atuais e instalar nas paredes internas da fuselagem telas flexíveis de Oled (um material mais fino e que usa menos energia do que o LCD e o plasma). A partir daí, o passageiro escolhe se quer apreciar a vista do exterior da aeronave, ter um panorama da cidade localizada logo abaixo de seus pés, receber informações do voo, surfar na internet, chamar o serviço de bordo ou optar pelas tradicionais opções de entretenimento. Cansou ou bateu um soninho? A tela multifuncional pode ser facilmente desligada.
"Você tem total flexibilidade para colocar as telas onde quiser. Você pode colocar as imagens na lateral do seu acento, pode optar por colocá-la na frente da cadeira, escolher as imagens das câmeras ou não ter visão alguma de absolutamente nada", enumerou Jon Helliwell, um dos responsáveis pelo projeto, ao jornal inglês "The Guardian".
A ideia futurista pode fazer com que algumas pessoas associem a nova tecnologia a um gasto maior de energia, mas os técnicos da CPI garantem que o resultado será exatamente o oposto. De acordo com Helliwell, ao retirar as janelas do avião, a fuselagem se tornará mais fina, o que significa uma redução maior no peso da aeronave. A consequência seria a diminuição do combustível gasto e da emissão de CO2.
Segundo a CPI, 3,1 bilhões de pessoas viajam por ano no mundo todo, gastando 220 mil galões de combustível e produzindo 705 milhões de toneladas de CO2. Para cada 1% de redução no peso da aeronave, são economizados 0,75% de combustível.
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"Conversamos com pessoas da área e entendemos que essa questão do peso era uma preocupação constante", explica Helliwell.
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