Fonte: Adept Systems
As ferramentas de corte contemplam uma infinidade de formas, tamanhos, materiais e aplicações diferentes. Gerenciar estas informações e saber aplicá-las de maneira correta não é uma das atividades mais fáceis. Além disso, as ferramentas afetam a estabilidade financeira de qualquer empresa, pois o seu uso, eficiente ou não, contribui nos custos de produção. Entretanto, muitos gerentes de manufatura, gerentes de produto, e até mesmo diretores, ainda desconhecem ou ignoram o impacto das ferramentas na empresa.
Frederick Mason, citou que: “A maneira como se tem gerenciado os recursos que formam o ferramental pode ser considerada um crime culposo por negligência. Se as matérias-primas ou os trabalhos em andamento fossem tratados da mesma maneira, os administradores seriam considerados profissionais incompetentes.”(1)
Talvez isto não seja uma verdade absoluta na sua empresa, mas o fato é que a grande maioria das indústrias nacional enfrenta sérios problemas devido à falta de maiores cuidados com as ferramentas de corte e outros recursos presentes na produção. Isto tudo independentemente do grau de qualificação que conquistaram satisfazendo as normas internacionais de qualidade.
Do mesmo artigo de Mason, tira-se a informação de que a indústria metalúrgica americana gasta cerca de 1,5 bilhão de dólares por ano apenas com ferramentas de corte. Outros bilhões são gastos com itens correlatos. Este valor procura indicar a importância que estes itens têm para a produção em termos de custos. Qualquer redução não é apenas saudável para o cofre das empresas, mas também para o valor repassado no produto para o cliente.
Ainda, cabe aqui uma análise comparativa entre o valor da ferramenta em relação à máquina que a utiliza:
Ø De 20 a 25% do custo inicial de um equipamento é investido em ferramental para que ele possa entrar em condições de operação para a produção;
Ø No final da vida útil do equipamento, um valor que corresponde de 7 a 10 vezes do seu valor é gasto em ferramentas.
Estes valores indicam que há uma necessidade de observar mais a importância das ferramentas, principalmente no seu reflexo sobre os custos totais de produção. Otimizar sua utilização, explorando ao máximo sua vida útil, não é apenas questão de racionalidade, como se pensa atualmente, mas principalmente de redução de despesas e controle sobre o consumo.
É nesse contexto que o conceito de Gerenciamento de Ferramentas se insere, lembrando que sua filosofia tem por objetivo maior proporcionar a utilização de todo o potencial que uma ferramenta de corte pode oferecer. Resultados expressivos podem ser alcançados por uma estratégia eficaz de organização, conseguidos através da implantação das técnicas de Gerenciamento de Ferramentas. Qualquer melhora no controle que modifique ou influencie o uso de ferramentas, terá um efeito imediato no chão-de-fábrica e por fim, em cada departamento da unidade de manufatura.
(1) Artigo publicado na revista Máquinas e Metais, em fevereiro de 1993
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