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Os investimentos no setor de petróleo e gás devem crescer 46% no Brasil entre 2015 e 2017, frente 2011 e 2013, para R$ 381 bilhões, previu nesta quinta-feira o diretor das áreas de planejamento, pesquisa e acompanhamento econômico e gestão de riscos do BNDES, João Carlos Ferraz.
O executivo do banco estatal de fomento disse que os investimentos em óleo e gás nos próximos dois anos vão representar entre 12% e 14% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).
Segundo Ferraz, ao avaliar investimentos, o BNDES irá priorizar aportes direcionados a inovação e desenvolvimento de tecnologia.
"A qualidade desses investimentos fará diferença", disse durante palestra em evento de petróleo no Rio de Janeiro, o Rio Oil&Gas. "O BNDES continuará a ser relevante."
O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Edmar Almeida, também presente no evento, destacou a importância de encontrar meios para que empresas brasileiras de petróleo privadas tenham capacidade financeira para realizar seus projetos.
Segundo ele, após a crise que abateu a petroleira OGX de Eike Batista, rebatizada de Óleo e Gás Participações (OGXP3.SA) e em processo de recuperação judicial, as empresas brasileiras do setor têm encontrado dificuldades de obter novos aportes.
"Com a crise da OGX o mercado fechou, muitos fundos não querem investir mais", afirmou o professor.
"A principal fonte de recursos hoje é venda de ativos", disse. "Estamos assistindo empresas de capital nacional vendendo ativos para se financiar."
Recentemente a petroleira HRT Participações (HRTP3.SA) reduziu sua participação nos blocos Solimões, na Amazônia, para 49%, deixando a parceira russa Rosneft Oil (ROSN.MM) como operadora da joint venture.
Ele destacou que essas empresas brasileiras hoje têm um papel muito importante para a exploração em terra no Brasil.
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