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O desenvolvimento de novos modelos de aeronaves por companhias estatais da China, como a Commercial Aircraft Corporation of China (Comac), não é visto como uma ameaça pela brasileira Embraer, líder do mercado naquele país. A demanda na aviação doméstica chinesa tende a crescer de tal forma que há bastante espaço para os jatos da Embraer e também da concorrência.
A avaliação é de Paulo César Silva, presidente da Embraer Aviação Comercial, que tem 90% do mercado de jatos de cem assentos no país, justamente a faixa em que a Comac pretende ingressar a partir do ano que vem com o modelo ARJ 21.
Criada em 2008, a Comac já tem uma estrutura semelhante à do parque industrial da Embraer em São José dos Campos (SP). Seu objetivo é atender a demanda que cresce em proporções assustadoras. Em 2012, o tráfego aéreo na China alcançou 300 milhões de passageiros. A previsão é a de que atinja níveis dos Estados Unidos e de países desenvolvidos da Europa, com uma média de 700 milhões em 2020 e 1,5 bilhão em 2030.
Atualmente, há 150 jatos da Embraer voando no na China, detendo cerca de 90% de participação no segmento de aviões para cem passageiros.
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