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No mês de junho, a venda de máquinas agrícolas e rodoviárias no atacado somou 6,4 mil unidades e registrou crescimento de 8,8% sobre junho. Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes e Veículos Automotores (Anfavea). A entidade atribui o fato ao crescimento sazonal e também a um “retorno à normalidade” com o fim da Copa do Mundo e do menor número de dias úteis. A maior alta em julho ocorreu para os cultivadores motorizados (43,4%), seguida pelas colheitadeiras (29,6%).
No acumulado do ano, porém, o setor repassou a seus concessionários 39,4 mil equipamentos, volume 19,2% menor que no mesmo período do ano passado. O fato de o segundo semestre ser historicamente melhor que o primeiro atenuará a retração. De acordo com as projeções da entidade, refeitas há um mês, o setor deve vender no mercado interno 73 mil unidades, 12% a menos que em 2013.
“A venda de tratores e cultivadores terá crescimento mais acentuado (sobre o primeiro semestre) por causa do período de plantio”, afirma a vice-presidente da Anfavea, Ana Helena de Andrade, que assumiu há pouco mais de um mês a câmara de máquinas agrícolas no lugar de Milton Rego. A venda de colheitadeiras ganhará volume importante em novembro e dezembro.
Parte da confiança da retomada se deposita na substituição do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) pelo Moderfrota como principal linha de crédito para financiamento de máquinas agrícolas. “O Moderfrota tem taxas semelhantes às do PSI, mas segue o Plano Safra”, recorda o presidente da Anfavea, Luiz Moan.
Produção e exportações
A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias em julho atingiu 8.788 unidades, resultando em alta de 50,7% sobre junho, mês em que as fabricantes aproveitaram a Copa do Mundo para realizar férias coletivas. O maior crescimento ocorreu na montagem de cultivadores motorizados (11,9%), seguido dos tratores de rodas (56,1%), já que os dois itens têm demanda aquecida no período. No acumulado do ano, contudo, a produção recuou 16,1%. Até o fim do ano o País deverá montar 87 mil máquinas agrícolas e rodoviárias, volume 13,3% inferior ao de 2013.
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A exportação de máquinas em julho foi de 1.320 unidades, volume 9,1% mais alto que o de junho. A maior alta ocorreu para as colheitadeiras, 68,2%. O volume total de máquinas embarcadas entre janeiro e julho foi de 7,8 mil unidades, recuo de 5,8% no confronto com os mesmos sete meses do ano passado. De acordo com a projeção da Anfavea, o Brasil exportará este ano 14 mil máquinas agrícolas e rodoviárias, 10,3% a menos que no ano passado.
O principal comprador, a Argentina, vem reduzindo a aquisição ou nacionalizando os produtos.
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