CSN mantém previsão de investimento de R$ 2,8 bilhões em 2014

A despeito do cenário desafiador no segundo trimestre, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reiterou a expectativa de investimentos anunciada para este ano, de aproximadamente R$ 2,8 bilhões.

Em teleconferência com analistas, o diretor-executivo de relações com investidores da companhia, David Salama, reafirmou que o negócio de mineração deve receber investimento de R$ 1,5 bilhão neste ano enquanto o de siderurgia ficará com cerca de R$ 620 milhões e a área de cimento, com R$ 400 milhões. No início do ano, a direção da CSN já havia apresentado esses valores, acrescidos de R$ 240 milhões referentes a “outros projetos”.

“Os investimentos chegaram a quase R$ 915 milhões no primeiro semestre e não houve revisão do capex [do inglês, capital expenditures, ou investmentos em bens de capital] para o ano”, enfatizou o executivo.

No segundo trimestre, a companhia investiu R$ 560 milhões, dos quais R$ 207 milhões na mina de Casa de Pedra e no Porto de Itaguaí, R$ 109 milhões na expansão da capacidade de produção de cimento e R$ 99 milhões na siderurgia.

Os R$ 142 milhões remanescentes foram investidos nas controladas, com destaque para R$ 67 milhões na MRS e R$ 22 milhões no terminal de Sepetiba Tecon.

Sobre o cenário global para a siderurgia, o diretor comercial da siderúrgica, Luiz Fernando Martinez, avaliou que, nesse momento, é de “competição extremamente acirrada” e de “guerra por competitividade”. Ainda assim, a expectativa é a de que o segundo semestre será melhor, em função de sazonalidade e do maior número de dias úteis.

“A partir de setembro, a situação também melhora com sinais do governo e flexibilização do crédito. No geral, teremos um bom fim de ano e algumas cadeias produtivas estão em fase de recuperar estoques, que foram praticamente zerados no período”, afirmou o executivo, em teleconferência com analistas.


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De acordo com Martinez, a CSN continuará focada no mercado interno. “Vamos maximizar a equação preço-custo. Em relação aos preços do aço, a expectativa é a de estabilidade no terceiro trimestre, com prêmio do produto nacional frente ao importado entre 11% e 16%, também estável em relação aos níveis do segundo trimestre.

“A estabilidade do dólar torna esse prêmio possível de acontecer. Acreditamos na manutenção disso no terceiro trimestre”, disse. A CSN manteve a meta de comercializar 6 milhões de toneladas de aço em 2014.


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