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Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com a empresa Energia Sustentável do Brasil (ESBR), trabalham para desenvolver, até fevereiro do ano que vem, um robô subaquático para aprimorar a operação dos painéis das comportas de manutenção das usinas hidrelétricas (stoplogs). Iniciado em outubro do ano passado, o projeto do robô para operação de stoplogs alagados (Rosa) deve reduzir prejuízos com paradas nas turbinas, diminuindo o tempo que elas ficam desligadas.
A pesquisa foi apresentada hoje (18) na universidade, quando também foi formalizada a parceria entre a empresa e o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe-UFRJ, por intermédio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"O que estamos fazendo é instrumentalizar todo um sistema hoje puramente mecânico, transformando-o em computacional. Estamos acrescentando informações úteis ao operador, com elementos usados em robôs, como sistema operacional, comunicação, sonar", conta o coordenador do projeto, o professor do Coppe, Ramon Costa.
O projeto foi financiado pela empresa ESBR, responsável pela operação e construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, onde grande quantidade de partículas deixa a água turva e se acumula, dificultando a movimentação dos stoplogs depois do serviço de manutenção. O robô, então, fornecerá informações para que o operador possa trabalhar com mais subsídios, substituindo os mergulhadores que atualmente são chamados para conferir a situação do stoplog quando a turbina está parada e a destravá-lo, quando necessário.
A nova tecnologia deve reduzir em um dia o tempo que a turbina fica parada."Para cada turbina, são dois mergulhos. É um processo demorado e muito custoso", diz Ramon. Segundo o pesquisador, o custo de uma hora com a máquina parada passa de R$ 10 mil, somando cerca de R$ 250 mil em um dia.
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Uma equipe de sete pesquisadores está oficialmente inscrita no projeto pelo Coppe-UFRJ, e mais três cientistas da universidade trabalham como colaboradores. O primeiro teste completo do Rosa deve ser realizado em setembro, e a previsão do coordenador do projeto é que toda a tecnologia necessária para concluí-lo deve estar pronta até o fim deste ano.
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