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O volume de negócios na bolsa brasileira cai gradativamente desde o segundo semestre do ano passado. Nas últimas semanas, vários pregões registraram valores inferiores a R$ 5 bilhões por dia, fato pouco comum desde 2007.
Embora existam razões para que o volume diminua em julho, como as férias de verão no Hemisfério Norte e a Copa do Mundo, analistas listam outras causas, domésticas e externas, para explicar o esfriamento do mercado. Entre as externas, citam a redução da volatilidade nos mercados acionários globais. Isso pode ser bom do ponto de vista econômico, mas a estabilidade dos indicadores desestimula as transações em bolsa. As ações oscilam pouco e os investidores ficam praticamente parados em suas posições.
Na Bolsa de Nova York, o volume médio em junho foi 21% inferior ao do mesmo mês do ano passado, o que indica que a queda de liquidez na Bovespa não é um fenômeno isolado. Embora o índice Dow Jones tenha batido recorde - fechou acima dos 17 mil pontos pela primeira vez na história na quinta-feira -, a queda de volume no segundo trimestre alcançou 12% ante igual período de 2013.
Entre os fatores internos estão a incerteza sobre o rumo do país após as eleições presidenciais e o baixo crescimento da economia. As pesquisas sobre a corrida presidencial até geraram alguns picos de negócios em março e abril - quando a Bovespa chegou a movimentar mais de R$ 10 bilhões em um dia -, mas a tendência é que o mercado se acomode até a definição do quadro eleitoral, em novembro. Analistas acreditam que os investidores ficarão na retranca, porque a grande dispersão das projeções gera incertezas.
A fraqueza da economia também tira fôlego da bolsa. Existem muitas indefinições em relação às perspectivas de crescimento. A bolsa depende basicamente da evolução do lucro das empresas. Estas, por sua vez, precisam que a economia apresente expansão.
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