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Na tentativa de recuperar um dos setores que mais pressionaram na contração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, o governo argentino anunciou esta noite uma linha especial de financiamento para automóveis e picapes zero-quilômetro fabricados no país.
Por meio do programa, denominado Pro.Cre.Auto e criado em acordo com os fabricantes, os preços de 26 modelos vão cair entre 3% e 13%. O financiamento será concedido pelo Banco Nación.
Poderá ser financiado até 90% do valor do veículo, com prazo de até 60 meses e teto de 120 mil pesos (US$ 14,7 mil). Os correntistas da instituição pagarão juros de 17% ao ano; para não clientes, a taxa será de 19% anuais. O programa terá vigência de 24 de junho a 24 de setembro.
Em pronunciamento, a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, anunciou que a medida tem o intuito de fomentar a produção local e diminuir as importações. “Com o novo programa, temos esperanças de que as vendas internas alcancem 700 mil unidades nos próximos 12 meses”, afirmou Giorgi.
A iniciativa cobre 28% do mercado nacional de automóveis, e alcança veículos econômicos (de preços entre 100 mil e 135 mil pesos), médios (de 150 mil a 190 mil) e comerciais e de luxo (entre 220 mil e 290 mil).
Segundo a ministra, em uma próxima etapa, serão incluídos os modelos do Brasil. “Fizemos acordo que não apenas diminuiu o desequilíbrio entre Brasil e Argentina na balança de automóveis, mas que permitiu também firmar uma parceria sustentável para os próximos dois anos”, disse Débora, acrescentando que tem uma proposta para aumentar a participação no mercado brasileiro sem, no entanto, detalhar qual seria essa estratégia. Cerca de 86% das exportações vão para o Brasil.
A presidente Cristina Kirchner, que também participou do evento, disse que o lançamento do plano deve trazer um panorama mais animador para a indústria automotiva local. “Em qualquer lugar do mundo, quando as vendas caem, os preços baixam, mas os automóveis na Argentina subiram muito e os vendedores culpam os impostos para confundir os consumidores”, afirmou.
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