Nissan investe R$ 70 milhões em centro de peças

Unidade em Resende tem estoque de 681 mil componentes para 6 meses.

Cerca de dois meses após inaugurar sua fábrica em Resende (RJ), a Nissan investiu R$ 70 milhões adicionais para abrir um amplo centro de armazenamento e distribuição de peças de reposição. O galpão de 16,4 mil metros quadrados fica vizinho à planta e foi arrendado da FM Logistics, empresa contratada para fazer toda a operação de recebimento, estocagem e expedição. Os 82 empregados contratados, parte da Nissan e parte da FM, fazem o controle e movimentação de 681 mil partes diferentes.

“Com este novo centro melhoramos a qualidade de atendimento aos nossos clientes e temos maior sinergia com a fábrica”, explica Tai Kawasaki, diretor de pós-venda da Nissan Brasil. Segundo ele, agora há espaço 50% maior de estocagem em relação aos dois armazéns somados que a empresa mantinha até agora no Brasil, um em São José dos Pinhais, onde ainda compartilha linha de montagem com a sócia Renault, e outro em Jundiaí (SP). Com isso, o tempo de estoque aumentou de quatro para seis meses. 

Kawasaki destaca ainda a importância de ter o armazém de pós-vendas perto da fábrica: “Dessa forma ficamos próximos também de alguns fornecedores e da própria linha de montagem, que pode nos socorrer em caso de falta de alguma peça”, diz. O diretor acrescenta que o local já está preparado para dobrar de tamanho para 35 mil metros quadrados, o que está previsto para acontecer em cerca de três ou quatro anos, até 2018.

“O pós-venda deve crescer tanto quanto nossas vendas no País daqui para frente, por isso precisávamos de um centro como este. O aftermarket é fundamental para nosso crescimento sustentado, o cliente precisa estar tranquilo em comprar o carro e ter um serviço de qualidade”, avaliou François Dossa, presidente da Nissan do Brasil, em seu discurso na cerimônia de inauguração da unidade em Resende, na quarta-feira, 11. “Tivemos apenas um ano para planejar e fazer, pois era necessário entrar em funcionamento junto com a fábrica, quando esperamos que o aumento de vendas acelere a movimentação de peças de reposição”, disse.


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Como até agora o maior volume de carros vendido pela Nissan foi de carros importados do México, a maior parte das peças estocadas em Resende, de 60% a 70%, também são importadas. “Mas a tendência é que esse porcentual se reverta nos próximos anos, com o aumento da nossa frota produzida aqui”, observa Kawasaki. 

O executivo explica que toda a operação interna do armazém é feito pelo pessoal da FM Logistics. O transporte rodoviário regular da peças é feito por caminhões fretados da TNT e a Telecargo presta serviços de encomendas aéreas, usados em casos de maior urgência.