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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que o apoio que o governo federal tem dado à Embraer para o desenvolvimento do jato de transporte KC-390 se justifica pelos benefícios de inovação, tecnologia e a geração de empregos de alta qualificação do projeto.
O governo já investiu R$ 2 bilhões no desenvolvimento da aeronave e assinou hoje um contrato no valor de R$ 7,2 bilhões para a produção seriada do KC-390.
Dilma participou nesta terça-feira da inauguração do hangar onde será instalada a linha de montagem final do jato, em Gavião Peixoto (SP). “O projeto deste avião significa que nós entramos em outro patamar de desenvolvimento. Isso tem que motivo de orgulho e esperança para todos os brasileiros”, afirmou.
Além de destacar os diversos incentivos fiscais e tributários que o governo federal já concedeu às indústrias do setor de defesa, a presidente fez questão de lembrar que o KC-390 não é uma experiência isolada de sucesso em se tratando de desenvolvimento tecnológico.
“Também fazem parte desse conjunto o Programa de Submarinos de Propulsão Convencional e Nuclear, o satélite geoestacionário brasileiro e o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron)”, disse.
Dilma afirmou ainda que hoje ninguém pode duvidar de que a indústria de defesa brasileira é estratégica e tem um potencial extraordinário para o desenvolvimento do país. “A quantidade de empregos diretos e de qualidade gerados por este programa é outra razão para estarmos celebrando esse projeto, motivação maior das nossas políticas de incentivo ao desenvolvimento”, comentou.
O contrato assinado hoje com a Embraer, segundo o ministro da defesa, Celso Amorim, vai viabilizar a produção em série da aeronave e servir de garantia para outros possíveis clientes em outros países.
Sobre o competidor mais próximo do avião, o americano C-130 J, uma versão mais moderna do C-130 que a FAB irá substituir pelo KC-390, Amorim disse que o avião brasileiro tem a vantagem de ser mais moderno e estar equipado com motor a jato, que é mais rápido. O avião da concorrente é turboélice.
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Antecipação
O presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), brigadeiro José Augusto Crepaldi, um dos principais articuladores da negociação do contrato de produção do KC-390 com a Embraer, disse que a decisão da presidente Dilma de antecipar a assinatura do contrato com a empresa foi positiva, pois evidencia para o mercado externo que o projeto é sólido e não tem riscos.
A previsão inicial da FAB era de que o processo de negociação com a Embraer aconteceria entre abril e fim de junho.
“Uma das coisas mais importantes desse projeto é que o desenvolvimento de engenharia é 100% nacional, feito a partir de requisitos da FAB. Esse conhecimento não se adquire de uma hora para outra”, disse.
Além da Embraer, líder do projeto, a indústria nacional também participa do fornecimento do trem de pouso da aeronave, computador de missão, sistema de "head up display", blindagem, engenharia estrutural e parte da fuselagem.
O diretor-presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, disse que com o KC-390 o Brasil lidera um projeto multinacional de alta tecnologia e que a empresa brasileira é a líder industrial e de engenharia deste programa.
“Além da complexidade do avião em si, o KC-390 é um programa de dimensões geopolíticas com características inovadoras e significa um grande impulso para a indústria de defesa brasileira”, afirmou. O KC-390 também irá suprir uma grande necessidade da FAB, disse.
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