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A americana Edison Chouest Offshore (ECO) vai investir R$ 950 milhões para criar uma base de apoio offshore no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). Assinado nesta quarta-feira, 09, pela Prumo Logística Global, antiga LLX, o contrato será o maior já fechado pelo porto. O negócio pode ser a porta de entrada para a Petrobras no Açu, já que o grupo presta serviços para a estatal.
A empresa americana é forte candidata à licitação prestes a ser aberta pela petroleira para contratar seis berços de atracação de embarcações de apoio na Bacia de Campos. A ECO chegou a vencer uma concorrência recente para operar outros dois berços, mas desistiu porque ainda não tinha um contrato firme com o Açu para montar sua base.
"Assinar com a Edison Chouest não é uma garantia de que a Petrobras irá para o Porto do Açu, mas será uma surpresa se ela não for", diz o presidente da Prumo, Eduardo Parente, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Para o executivo, a instalação do grupo irá atrair a petroleira e outras empresas da cadeia de óleo e gás. A Edison Chouest é a primeira companhia a decidir se instalar no Açu após a entrada da EIG Global Energy Partners, que passou a controlar a Prumo em outubro passado. O último contrato havia sido fechado em março de 2013 com a Wärtsila.
A expectativa é que a base offshore comece a operar no início de 2015. O contrato prevê um arrendamento da área por 15 anos, prorrogáveis por mais três períodos de cinco anos. A unidade poderá receber 12 embarcações de início, mas tem a possibilidade de ampliar a capacidade a 18 com uma futura expansão.
Ao todo a companhia ocupará 255 mil metros quadrados no complexo e deve gerar 900 empregos. O projeto ocupará 440 metros de cais no Terminal 2 do Açu, com opção de duplicação. O canal de navegação usado pela ECO tem 3.721 metros e também será utilizado por outras empresas instaladas no T2, como Wartsila, Technip, NOV e Intermoor. A Prumo aguarda apenas o sinal verde da Marinha para dar início às operações no canal, o que deve ocorrer em até dois meses.
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"Não existe hoje no Brasil infraestrutura para o atendimento de unidades marítimas de forma técnica. A posição geográfica do Açu é fantástica. Traz economia de escala em redução de tempo e combustível", diz Ricardo Chagas, diretor da Edison Chouest. O Açu está a cinco horas de distância contra oito de concorrentes, o que significa economia de escala em tempo e combustível.
Fornecedor global
Fundada na década de 60 na Louisiana, a ECO é um dos principais fornecedores globais de transporte marítimo offshore. O grupo opera uma frota de mais de 230 navios no mundo, com uma receita anual de US$ 8 bilhões. No Brasil são 70 embarcações de apoio offshore em operação para Petrobras, Shell, Queiroz Galvão, Total, Repsol e Statoil, dez Veículos de Operação Remota (ROVs) e um estaleiro em Navegantes (SC), onde constrói seis embarcações por ano e hoje tem em carteira 19 navios em construção.
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