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O Greenpeace apresentou na terça-feira (15), em São Paulo, o que está chamando de “lançamento do ano”: um carro da Idade da Pedra. Com uma tenda da Fiat, Volkswagen e General Motors, que mais vendem carros no país, ativistas vestidos com roupas pré-históricas convidavam pedestres a um test drive.
A sátira fez parte do lançamento de uma campanha que desafia as empresas a adotar tecnologia mais moderna em seus carros, para que consumam menos combustível e emitam menos gases de efeito estufa. Embora as reivindicações do Greenpeace façam sentido, elas deixam também a impressão de que a organização tem lido pouco sobre as futuras metas impostas pelo Inovar-Auto, que já obriga montadoras locais e fabricantes de pneus e autopeças a investir em tecnologias nesse sentido.
“A União Europeia, os Estados Unidos e vários outros países estão muito mais avançados nas discussões sobre eletromobilidade e já adotaram metas ousadas de eficiência energética para seus veículos. Estamos ficando para trás nessa corrida, colocando nas ruas carros que têm design atual, mas que ainda gastam muito combustível e contribuem para o aquecimento global”, diz Iran Magno, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.
Recentemente, a divulgação do estudo “Eficiência Energética e Emissões de Gases de Efeito Estufa”, feito pela Coppe/UFRJ em parceria com o Greenpeace, mostrou que as emissões de gás carbônico dos veículos brasileiros podem baixar. De acordo com os dados, caso as montadoras nacionais sigam as mesmas metas de eficiência energética europeias, a indústria automotiva brasileira chegará em 2030 com emissões mais baixas que as de hoje, mesmo que a frota do país dobre, como é estimado.
Os cientistas sugerem que a indústria de veículos adote tecnologias de baixo carbono, melhorando a eficiência energética de seus carros e abrindo caminho para a eletromobilidade. “O que estamos pedindo para as companhias é exatamente o que recomendam os cientistas. O Brasil é uma das maiores economias globais e temos todas as condições de avançar muito mais nessas questões”, diz Magno. No site www.ocarroqueeuquero.org.br, recém-lançado pelo Greenpeace, os consumidores podem enviar mensagens às empresas pedindo essas mudanças.
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