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Quanto mais elevada for a temperatura que o motor de um avião chegar, mais eficiente será o consumo do combustível. A fim de alcançar as altas temperaturas, os componentes metálicos dos motores de avião, atualmente, são tratados com revestimentos que blindam o calor. No entanto, cientistas da Universidade do Oeste da Suécia desenvolvem um novo revestimento, o qual pode ser muito mais eficaz do que qualquer coisa atualmente usada. O processo promete estender a vida útil dos motores em 300%.
O revestimento consiste em um pó composto por nanopartículas de cerâmica e de plástico, que é adicionado a um suporte líquido. Enquanto as partículas de cerâmica proporcionam isolamento térmico, o plástico permite que pequenos poros se formem no interior do revestimento, dando-lhe alguma elasticidade – o que é importante, já que o revestimento deve ser capaz de se expandir e contrair com o metal que está cobrindo.
O líquido que contém o pó é aquecido até 7000 - 8000 °C, fazendo com que as partículas de cerâmica derretam e, em seguida, é aplicado num processo conhecido como aplicação de pulverização de plasma. Uma vez aderido ao metal, ele se torna uma "floresta" de 0,5mm de espessura, constituída por pequenas colunas.
Revestimentos tradicionais, por outro lado, são mais parecidos com camadas sanduichadas, empilhados um em cima do outro, na parte superior do metal. De acordo com os cientistas, a nova estrutura do revestimento não só permite que seja mais flexível e, portanto, menos propenso a trincas, mas também permite uma melhor aderência em superfícies irregulares.
Em testes de choque térmico, que simulam as mudanças bruscas de temperatura experimentadas pelos motores de aeronaves, foi descoberto que o revestimento dura até três vezes mais que os revestimentos convencionais. Isso significa que os motores não devem exigir manutenção frequente e devem ter vida mais longa. Como um benefício adicional, o revestimento em si deve ser consideravelmente mais barato do que os revestimentos utilizados atualmente.
Espera-se que a tecnologia chegue aos motores de avião e turbinas a gás nos próximos dois anos.
Por Ben Coxworth/ Gizmag (Tradução livre/ CIMM)
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