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Em fevereiro, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), anunciou que o país receberá incentivos para a difusão dos veículos elétricos ainda neste primeiro semestre. Entre os principais pontos está a redução do IPI, a nacionalização de componentes e o início da produção desses veículos no país.
Com essas medidas entrando em vigor, o mercado nacional abrirá as portas para países pioneiros na questão da mobilidade elétrica, como Estados Unidos, um dos maiores fabricantes de carros elétricos do mundo, assim como Japão, Alemanha, Portugal, Suíça, Holanda, Noruega, entre outros.
Os números para o futuro dos elétricos são promissores. De acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), 3 milhões de veículos leves elétricos deverão circular pelo mundo em 2020. Em 2025, serão 10 milhões e, e em 2030, esse número deve chegar a 19 milhões de unidades, ainda segundo a entidade. Com essa tendência de crescimento, aumenta a necessidade de desenvolvimento no setor em busca de tecnologia mais eficiente e com custos mais acessíveis.
No Brasil, apesar das dificuldades impostas pelo mercado, os veículos elétricos começam a entrar no gosto da população. Seguindo a tendência do que já havia acontecido em 2013, além de São Paulo, que possui serviço de táxi com modelo híbrido, Rio de Janeiro, que também oferece este serviço e, inclusive, expandiu o número de unidades no início desse ano, Curitiba também começou a utilizar o modelo Eco-elétrico, de forma experimental, para a locomoção de policiais da Guarda Civil Metropolitana, Instiruti Curitiba de Turismo e Setran (Secretaria Municipal de Trânsito). Isso sem contar os modelos que já estão sendo comercializados para o público em geral no território nacional.
Os veículos pesados também já comportam a tecnologia dos veículos elétricos. No Brasil, ônibus híbridos são fabricados e utilizados há mais de dez anos. Em São Paulo, no início deste ano, modelos 100% elétricos começaram a circular entre o ABC e a zonal sul. Em Nova York, já representam quase 50% da frota urbana.
Outro exemplo é o uso de motocicletas elétricas pelo exército americano nas operações logísticas e estratégicas. As vantagens são a ausência de ruído no funcionamento do propulsor elétrico, permitindo um rodar quase que “invisível” durante ações táticas e especiais, sobretudo nas operações noturnas.
Já as bicicletas elétricas, recém chegadas ao Brasil, são, por exemplo, adotadas pelos Correios de Portugal (CTT), como uma aposta ecológica e que visa aumentar a eficiência na distribuição das correspondências. Na China, já são mais de 120 milhões de bicicletas elétricas circulando e, na Holanda, 1 milhão.
Cadeiras de rodas motorizadas têm sido adotadas em shoppings centers, feiras de negócios, supermercados e outros estabelecimentos, além de pessoas com dificuldades de locomoção em seu dia-a-dia para maior comodidade na locomoção de quem precisa desse tipo de equipamento.
Diante desse cenário de possibilidades, a troca de informações tecnológicas, o esclarecimentos de mitos e fatos em torno da questão do fornecimento, duração e abastecimento de energia, além da performance de tais veículos se torna urgente, tanto para o benefício ambiental, quanto para que esse tipo de tecnologia seja cada vez mais acessível à população.
Diante desse cenário promissor, a 10ª edição do Salão Latino Americano de Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias, que será realizada entre 4 e 6 de setembro de 2014 no Expo Center Norte, em São Paulo, tem o objetivo de ser o principal ambiente de negócios na América Latina para o fomento da inovação no campo dos veículos elétricos, e trará, nos três dias de evento, as principais novidades do setor, como carros, ônibus, motos, bicicletas, patinetes, cadeiras de rodas, empresas de tecnologia, equipamentos e peças.
Ricardo Guggisberg, diretor do evento, afirma que o evento vem popularizar os benefícios dos veículos elétricos e acabar com os mitos sobre eles. “É importante que a população conheça as novas tecnologias que contribuem para a melhoria do cotidiano. Só com a popularização da mobilidade elétrica é que teremos um aumento na demanda desse tipo de veículo no país, o que fará com que ele se torne cada vez mais acessível no mercado”, afirma o executivo.
Congresso
Mantendo a tradição das edições passadas, será realizado o Congresso de Veículos Elétricos, evento paralelo ao Salão, com um extenso programa de debates sobre os principais temas que permeiam o setor dos veículos elétricos no Brasil e no exterior. O evento contará com a participação dos principais especialistas deste setor, autoridades, representantes de montadoras, formadores de opinião, entre outros, com o intuito de promover a troca de informações qualificadas e networking.
Na edição passada, participaram do congresso nomes como Jayme Buarque de Holanda (diretor da ABVE), Pietro Erber (presidente da ABVE), Jayme Lerner (Ex-prefeito de Curitiba, arquiteto e urbanista), Cyro Boccuzzi (Diretor do Fórum Latino Americano de Smart Grid, entre outros nomes.
Para mais informações sobre o evento, credenciamento para o Salão e o congresso, acesse o site do evento.
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