Fonte: Envolverde - 22/06/07
A demora na análise de processos de licenciamento e os custos elevados para cumprir as obrigações exigidas são os principais fatores que dificultam a vida das empresas na hora de conseguir um licenciamento ambiental. A constatação está na pesquisa Sondagem Especial sobre Meio Ambiente divulgada nesta sexta-feira (15), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo.
De acordo com os dados da pesquisa 79% das empresas que fizeram algum tipo de licenciamento, afirma enfrentar problemas no processo de requerimento de licenças. O índice é 5,7% maior que o registrado em 2005, quando foi realizada a última pesquisa. Entre os setores que mais registraram problemas está o de Álcool em que 100% das empresas assinalaram a alternativa, seguido de Refino de Petróleo, com 90,9% e Minerais Não-Metálicos que registrou 90,1%.
Entre os principais problemas que provocam a dificuldade de liberação do licenciamento ambiental, a demora na avaliação dos processos aparece em primeiro lugar e foi assinalada por 66,9% das empresas. Os custos necessários para cumprir as exigências foram assinalados por 52% dos entrevistados, seguida pela dificuldade de identificar e atender critérios, assinalada por 42,6% das empresas. De acordo com a Sondagem, 85,1% das empresas afirmaram ter se relacionado com órgãos ambientais e desse total, 68,8% assinalaram ter tido problemas com os mesmos.
A pesquisa mostra ainda que neste ano 75,5% das empresas adotaram, no planejamento, a inclusão de procedimentos gerenciais associados à gestão ambiental. Em comparação com 2005, o índice cresceu 4,5%. Há dois anos o percentual de empresas que investiam em gestão ambiental era de 73,9%. O maior percentual de investimentos foi realizado pelas empresas de Refino de Petróleo, 100%, Química e Indústria Extrativa com 84,1% e Limpeza e Perfumaria com 82,9%.
Entre as empresas pesquisadas, 79,1% afirmaram que realizaram investimentos, no ano passado, voltados à proteção do meio ambiente. Em 2005 o percentual de empresas que disponibilizaram recursos foi de 76,5%. A maior parte dessas empresas, 58%, aplicou até 3% do faturamento, 33,6% investiram de 3% a 11% e 8,4% mais de 11%. Para este ano 52% das empresas entrevistadas assinalaram que pretendem investir até 3% do faturamento na preservação ambiental.
A Sondagem Especial sobre Meio Ambiente foi realizada entre 30 de março e 20 de abril com 818 pequenas empresas, 438 médias empresas e 235 empresas de grande porte. Essa foi à terceira sondagem realizada pela CNI para avaliar o processo de licenciamento ambiental no país.