Após recuar 0,5% no terceiro trimestre de 2013, a economia do Brasil voltou a crescer nos últimos três meses do ano passado. A expansão do Produto Interno Bruto (PIB) entre outubro e dezembro foi de 0,7% ante o trimestre imediatamente anterior e de 1,9% na comparação com um ano antes. Com isso, o País fechou 2013 com crescimento de 2,3%, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na pesquisa do AE Projeções, serviço da Agência Estado, as estimativas de 52 instituições do mercado apontavam de estabilidade a crescimento de 0,55%, com mediana de 0,23%, na série com ajuste sazonal. Já para o PIB fechado de 2013, as expectativas do levantamento iam de expansão de 2,07% a 2,30%, com mediana de 2,20%.
Pela ótica da oferta, o que puxou a economia brasileira em 2013 foi a agropecuária, com expansão de 7%. Dentre as principais culturas, as que mais se destacaram foram soja (24,3%), cana de açúcar (10%), milho (13%) e trigo (30,4%).
Já o setor de serviços cresceu 2% no ano passado e a indústria fechou o ano com avanço de 1,3%.
Pelo lado da demanda, os investimentos foram o principal destaque. A formação bruta de capital fixo teve alta de 6,3% no ano passado, puxada pelo aumento da produção interna de máquinas e equipamentos. Já o consumo das famílias cresceu 2,3%, o 10º ano consecutivo de expansão. O comportamento, segundo o IBGE, foi favorecido pela elevação da massa salarial e pelo crédito. Por último, a despesa do consumo da administração pública aumentou 1,9%.
No âmbito do setor externo, por sua vez, tanto as exportações (2,5%) quanto as importações (8,4%) de bens e serviços cresceram. No ano passado, o PIB em valores correntes alcançou R$ 4,84 trilhões. Já o PIB per capita ficou em R$ 24.065, alta de 1,4% ante 2012. Apesar do avanço, o valor por habitante representa apenas um quinto da riqueza dos norte-americanos.