Fiat define grupo de fornecedores para PE

Fiat define grupo de fornecedores para PE

A pouco mais de um ano da inauguração de sua fábrica em Pernambuco, a Fiat informou ontem (20) as empresas do parque de fornecedores que será integrado à unidade. A expectativa do grupo, revelada pelo diretor global de manufatura, Stefan Ketter, é iniciar no primeiro trimestre de 2015 a produção de 200 mil carros por ano no município de Goiana, que fica 60 quilômetros ao norte do Recife.

A principal fornecedora da fábrica é a Magneti Marelli, que é controlada pela Fiat. Sozinha ou em joint venture com outras empresas, a Marelli vai fornecer uma infinidade de itens, entre eles peças estampadas, eixos, tanques, pedais, sistemas de exaustão, bancos e peças plásticas injetadas.

Com 270 mil metros quadrados de área, o polo de fornecedores também conta com Pirelli (montagem de rodas), Saint-Gobain (vidros), Lear (bancos), Adler (tapetes), Denso (componentes de ar condicionado), Powercoat (pintura de peças), PMC (chassis), Tiberina (soldados) e Brose (mecanismo para vidros elétricos).

Segundo Ketter, o parque vai demandar, entre recursos da Fiat e dos fornecedores, cerca de R$ 2 bilhões em investimentos e pode gerar até 4 mil empregos. A montadora mantém em sigilo o modelo do veículo que será produzido em Pernambuco.

Com a proximidade da inauguração, a Fiat está receosa em relação à infraestrutura do entorno do complexo industrial. Para escoar os carros e também para receber peças, a montadora conta com a construção do chamado Arco Metropolitano do Recife, projeto que promete ligar a região da fábrica ao porto de Suape, que fica no litoral sul, sem passar pela capital de Pernambuco.

O projeto foi elaborado pelo Governo de Pernambuco, mas acabou incorporado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. No entanto, as obras, orçadas em quase R$ 1 bilhão, ainda estão longe de começar. "Como teremos uma planta sem grande capacidade de estoque, dependemos de um bom fluxo. É um dos fatores mais importantes e esperamos que o arco esteja pronto o mais rápido possível. É importante que tenhamos a obra em 2016", cobrou Ketter.


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O executivo disse ainda que a montadora está prospectando terrenos para instalação do segundo parque de fornecedores. O desejo é que o terreno não fique a mais de 30 quilômetros de distância da fábrica. "A proximidade pode ser um diferencial importante", afirmou.