Indústria de máquinas acumula déficit de U$ 1,6 bilhão

Fonte: WN&P Comunicação/ Maxpress - 25/06/07

Os indicadores econômicos dos primeiros cinco meses de 2007 da indústria de bens de capital mecânicos registram um faturamento nominal de R$ 23,5 bilhões, o que representa um aumento de 7,5% com relação a igual período do ano passado. De acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), houve um crescimento de 10,7% no consumo aparente de máquinas no Brasil, que atingiu um total de R$ 26,8 bilhões de janeiro a maio de 2007 contra R$ 24,2 bilhões no mesmo período do ano anterior. O dado, que é resultado da soma da produção mais as importações, descontadas as exportações, está em curva ascendente desde o início do ano.

O setor, que já teve a balança comercial equilibrada em 2005, acumula um déficit de US$ 1,6 bilhão. As importações cresceram 30% no acumulado de janeiro a maio 2007/2006, atingindo US$ 5,6 bilhões no período jan-maio 2007. Embora o crescimento das exportações também seja relevante, de 24%, o volume exportado é de US$ 4 bilhões, no acumulado até maio 2007.

Além disso, as importações da China cresceram 122% no mesmo período. "Trata-se de uma concorrência predatória. Enquanto as máquinas originárias do país asiático têm similar nacional e concorrem pelo preço reduzido, fator associado ao dólar subvalorizado, os equipamentos importados dos EUA, Alemanha, Japão e Itália não têm similar nacional, ao contrário, concorrem pelo alto conteúdo tecnológico", avalia.

Sub-setores

Os cinco principais segmentos que respondem por 45% das importações do setor são: equipamentos pesados, máquinas gráficas, equipamentos de transmissão mecânica, de metrologia e controle de qualidade e máquinas-ferramenta para trabalhar metais.

Já os principais segmentos, que respondem por mais da metade das exportações do setor são os de máquinas rodoviárias, equipamentos pesados, compressores de ar e gases, máquinas agrícolas e equipamentos de transmissão mecânica.

O crescimento médio do faturamento não foi uniforme, segundo Newton de Mello. "Dentre os 27 segmentos representados pela Abimaq, os que mais cresceram foram os de máquinas para madeira (+75%), válvulas industriais (+37%) e máquinas agrícolas (+34%). Os maiores decréscimos foram dos subsetores de máquinas têxteis (-16%) e máquinas-ferramenta (-4%).

Quanto ao emprego, o setor contava em 31 de maio deste ano, com 214.215 funcionários, contra 210.920 do ano anterior, o que equivale a um pequeno aumento de 1,6% no nível de emprego.

Tópicos: