A produção industrial brasileira caiu 3,5% em dezembro, na comparação com novembro, na série com ajustes sazonais, o pior resultado negativo desde dezembro de 2008, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2013 como um todo, a indústria brasileira teve crescimento de 1,2%, após queda de 2,5% um ano antes (dado revisado).
A previsão de 20 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data apontava, em média, queda de 1,6% na produção industrial em dezembro.
O recuo da indústria no último mês de 2013 foi fortemente influenciado pela queda de 17,5% na produção de veículos automotores, segundo o IBGE. No período, todas as categorias de uso e 22 dos 27 ramos pesquisados pela entidade apresentaram baixa.
Entre novembro e dezembro passado, bens de capital declinaram 11,6%, refletindo a menor produção de caminhões. Bens intermediários cederam 3,9% e bens duráveis diminuíram 3%. Bens semi e não duráveis tiveram queda de 2,5%.
Perante dezembro de 2012, a produção industrial brasileira declinou 2,3%, com 16 dos 27 ramos avaliados com recuo. Mais uma vez, veículos automotores se sobressaíram, com decréscimo de 16,3%. Indústria farmacêutica também foi destaque de baixa, com recuo de 22,7%.
Em 2013 completo, a expansão de 1,2% foi sustentada pelo avanço nos seis primeiros meses do ano, de 2,1%, em comparação com mesmo período do exercício anterior. Na segunda metade do calendário, a indústria apresentou pequeno avanço, de 0,3%.
No comparativo anual, veículos automotores chamaram a atenção positivamente, com crescimento de 7,2%, exercendo a maior influência positiva na formação da média da indústria, apontou o IBGE.
Por Marta Nogueira/ Valor Econômico