O Brasil foi o país que teve o maior corte (1,4 ponto percentual) nas projeções para o crescimento econômico em 2014 no relatório “Situação da Economia Global e Perspectivas para 2014”, da Organização das Nações Unidas (ONU). Agora, a ONU prevê expansão de 3% neste ano.
A entidade estima que o país cresceu 2,5% em 2013, corte de 1,5 ponto percentual em relação à expectativa divulgada há um ano. Nesta comparação, contudo, há países, como o México, que sofreram revisão ainda maior — de 2,6 pontos percentuais — para 1,2%. A ONU destacou que algumas grandes economias em desenvolvimento, como o Brasil, viram a expansão do PIB desacelerar nos últimos dois anos, devido a fatores externos e internos, mas têm condições de retomar ritmo mais forte. Para 2015, a expectativa é de crescimento de 4%.
Déficit da balança de US$ 2,05 bi
O déficit da balança comercial se aprofundou na terceira semana de janeiro. A diferença entre exportações e importações na semana passada resultou em saldo negativo de US$ 2,049 bilhões acumulado no mês, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Até a semana anterior, a cifra era de US$ 574 milhões. No mês, as exportações somam US$ 8,841 bilhões e as importações, US$ 10,890 bilhões. Só na semana passada, o saldo ficou negativo em US$ 1,475 bilhão.
Segundo o MDIC, a média de exportações na semana passada foi 4,2% maior que nas duas primeiras semanas do mês, com aumento de 20% nas vendas de produtos básicos, como petróleo em bruto, minério de ferro, carnes e café em grão. Mas caíram em 20,2% as vendas de produtos semimanufaturados, especialmente açúcar em bruto, celulose, ferro fundido, e semimanufaturados de ferro e aço.
O saldo negativo foi acentuado pelo crescimento de 30,1% nas importações, devido principalmente a combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, veículos e partes.
Por Juliana Garçon/ O Globo