Wilson Sergio, colaborador
O mercado está cada vez mais limitado, ampliando as chances do profissional amanhecer nos braços do antigo empregador.
Portanto uma dica: o relacionamento com antigos patrões e concorrentes requer um cuidado cada vez maior. Para sobreviver: respeito e tato na administração de um eventual rompimento de contrato é imprescindível. Há uma exigência maior consigo mesmo e com a busca constante no aprimoramento. Quando duas companhias de grande porte se enfrentam no limite pode estar acontecendo uma grande fusão aí não há uma soma de profissionais e sim a escolha dos melhores. Devemos vencer a inércia e olhar além dos muros da empresa, interagindo com o mercado. Uma atitude mais do que sensata pois o círculo se torna menor e os espaços mais disputados.
Concorrente não é inimigo, é até amigo, um mal concorrente é inércia para o mercado e principalmente para a companhia. Tenho mais a agradecer aos meus concorrentes do que eles imaginam. Principalmente no desenvolvimento pessoal e profissional. Aprendi muito com eles e agradeço de coração por isso. Que eles possam em entender: tudo isso é verdade! E a satisfação não é só minha, acredito, que eles me entendam.
Antigamente a empresa era apenas o local onde se recebia uma certa quantia de dinheiro em troca de um período fixo de trabalho e o “tempo de casa” era fonte da subida da rampa. Hoje se está trabalhando muito sem a contrapartida do desenvolvimento profissional.
O mundo todo enfrenta um maremoto de demissões em massa, afetando todos os níveis hierárquicos.
Afinal nível hierárquico talvez seja um termo que fatalmente cairá em desuso. Tenho visto sistemas de administração que não estão mais podendo fazer distinção de chefe e subordinado.
O que existe agora é a gestão de pessoas que executam tarefas e atingem metas que ao invés de possuir nível hierárquico determinado possuem níveis de responsabilidade.
Logicamente a remuneração também se modifica, o que se pagava pelo status do cargo, se retribui pelo desempenho e resultados.
No princípio o homem era capaz de transformar um pedaço de pedra em ferramenta, pedra em arma, osso em miçangas e adornos, pele em vestimenta, mas muito mais do que isso era capaz de se comunicar de forma sofisticada registrando seus feitos nas paredes das cavernas.
Depois argila em tijolos e esse em moradia e moradia em estabilidade. Hoje é capaz de transformar silício em microship e modificar o metal para criar os atuais meios de locomoção. Vem o plástico, vem sempre a busca constante de conhecimento, dos testes, das experiências, dos registros dos resultados, das melhorias que se conquista da otimização dos processos enfim da sua contribuição em melhorar o mundo utilizando sua curiosidade e aplicando o que foi aprendido e melhorando o que foi aplicado.
Símbolo de evolução. Mas o que muito pouco se fala são os processos de comunicação e retenção desse conhecimento para multiplicar os relacionamentos e criar a rede de pessoas com que se pode confiar, acreditar e a agradecer.
Uma rede de relacionamentos profissionais com vínculos de amizade que torna-se inseparável e capaz de provocar a mudança, aumentar as distâncias, até mesmo a jogar em times diferentes, mas é na carne que está a experiência é na lembrança que se põe os momentos bons e os sorrisos e os conselhos que registramos na parte do cérebro que cuida da imagem das pessoas que consideramos como importantes na nossa vida e também um espaço no coração, este sim capaz de não deixarmos esquecer nada.
Nunca concordei muito com a idéia de que nos negócios as habilidades e as pessoas são intercambiáveis, de que um executivo de uma grande empresa possa dirigir bem uma outra. É como um músico que toca violino em uma banda. Se alguém disser que ele é bom músico não significa que seja um bom tocador de piano.
Um dia me pediram para ser um consultor, mas também gosto de meter a mão na massa, pois se der certo me dêem crédito, se não der certo deixa que a responsabilidade é minha.
Há um limite onde a ética e o financeiro deve servir de alerta para os gestores.
Vivemos num mundo onde as companhias dependem de profissionais motivados que precisam delas para se realizar.
Me dêem licença, ao invés de chorar vou rir um pouco.
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