Empregos ameaçados

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê um futuro "preocupante" para a economia e o mercado de trabalho da América Latina e do Caribe.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê um futuro "preocupante" para a economia e o mercado de trabalho da América Latina e do Caribe. O estudo Panorama Laboral revela que o crescimento econômico da região perdeu força em 2013 e questiona se, em 2014, haverá condições efetivas de avanço. A previsão é de que este ano termine com aumento moderado, de 2,7%, da atividade e, o próximo, tenha leve alta de 3,1%.
 
O estudo indica que o progresso da taxa de desemprego foi pequeno, em comparação a 2012. "Os salários crescem menos que nos anos anteriores, a produtividade está abaixo da média mundial e aumentou a desocupação dos jovens nas zonas urbanas", ressalta a diretora regional da OIT para a América Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco.
 
De acordo com o estudo, será necessário criar 43,5 milhões de novas vagas na próxima década para evitar que a taxa de desemprego supere os 7%", afirmou Tinoco.
 
130 milhões na informalidade
 
No entendimento de Elizabeth Tinoco, diretora regional da OIT para a América Latina e Caribe, "a situação do mercado de trabalho na região não é negativa, mas é preocupante. Ela corre o risco de perder a oportunidade de avançar na geração de mais e melhores empregos". Tinoco ressalta que existem 130 milhões de pessoas na informalidade, o que significa que de cada 10 trabalhadores latino-americanos ou caribenhos três não têm acesso a qualquer tipo de proteção social.
 

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