A Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas para Couro e Calçados (Abrameq) lançou nova marca para o mercado internacional com o objetivo de adequá-la à realidade do segmento. Desenvolvida pela empresa paulista Top Brands, ela passou a ser Brazilian Shoes + Leather Machinery. “Reflete o posicionamento da indústria”, afirma a diretora executiva da entidade, Rosângela Arruda, a respeito das cores e do design utilizados na logomarca, referências à modernidade e à tecnologia.
O segmento vem investindo no mercado internacional e tentando reforçar a presença das indústrias no exterior. No ano passado, as exportações do segmento renderam US$ 16 milhões, o que representou um acréscimo de US$ 2 milhões frente ao ano anterior, quando elas ficaram em US$ 14 milhões. Em 2013, de acordo com Arruda, elas devem ficar no mínimo estáveis ou até aumentar. A alta do dólar frente ao real, segundo a executiva, favoreceu as vendas externas dos fabricantes de máquinas para calçados e couros.
A Abrameq reúne 55 associados, que representam cerca de 60% das empresas do segmento. Elas estão concentradas principalmente no estado do Rio Grande do Sul e fabricam máquinas e equipamentos utilizados nas indústrias de calçados, couros e para o tratamento de efluentes, que é feito neste último setor. O lançamento da nova marca foi feito pela Abrameq em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) na terça-feira (12).
Nos últimos dez anos, a marca foi Machinery By Brazil. A nova logomarca será usada, segundo Arruda, em todo o material de comunicação do segmento, tanto das indústrias associadas como da própria Abrameq, o que envolve convocações, anúncios, catálogos, sites das empresas e da entidade. Também estará nas ações de promoção internacional da indústria, como participação em feiras no exterior, feiras brasileiras que recebem compradores estrangeiros e rodadas de negócios com importadores.
Os principais mercados das máquinas brasileiras para couro e calçados são México, Argentina e Colômbia. A América Latina é o foco das vendas internacionais do segmento, segundo a diretora executiva. “Pretendemos ter cada vez mais empresas exportadoras”, afirma Arruda, contando que a Abrameq vem trabalhando para isso, com capacitação junto às indústrias em gestão e inovação, organização de participação em feiras no Brasil e exterior, além de rodadas de negócios.
Segundo a executiva da entidade, um fator importante que deve impulsionar essa maior presença das empresas no mercado internacional é que grande parte delas está na segunda geração das famílias. O setor é formado sobretudo por empresas familiares e a presença destes novos administradores tem trazido mais interesse pela exportação.
Por Isaura Daniel/ Anba