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Wilson Sergio, Colaborador Conta a história:
Um capitão era muito conhecido pois sempre garantira que suas tropas mantivessem o moral elevado e assim conquistar sempre a vitória em grandes batalhas. Quando esse capitão e suas tropas estavam cercados por todos os lados e a vitória inimiga parecia uma realidade ele lançou um grito motivador e triunfante para que seu exército mesmo em menor número não sofresse uma derrota ou se entregasse para posterior tortura. Ele gritou:
- Matem-nos pois agora eles não têm como fugir! Foi como pensamos, eles vieram até nós e estão cansados e famintos. São fracos e nós estávamos esperando por isso. Seremos vencedores. Ataquem-nos agora! E a vitória foi desse capitão e com pouquíssimas baixas. Para que o impacto do seu exército possa ser semelhante a uma pedra de moinho chocando-se com um ovo, utilize a ciência dos pontos fracos e fortes. Quem estiver primeiro no campo de batalha e esperar a aparição do inimigo estará descansado para o combate; quem vier depois e tiver de apressar-se, chegará exausto.
Dessa forma, o guerreiro inteligente impõe sua vontade ao inimigo, porém, não permite que ele lhe imponha a sua. Mantendo vantagem sobre ele, pode levar o inimigo a chegar a um acordo; ou, infligindo perdas, pode tornar impossível ao inimigo chegar perto. No primeiro caso, deve atraí-1o com um engodo; no segundo, deve atacar num ponto importante, que o inimigo será obrigado a defender. Realmente quem chega primeiro ao lançar um produto ou ao adotar uma estratégia tem privelégios, pode-se estar à vontade, e assim poder refletir calmamente sobre quais meios adotar para avaliar a situação quando a concorrência der as caras no mercado competitivo.
Um líder com visão estratégica, manipula os movimentos da concorrência conforme sua vontade, pode até especular que ela não atingirá os objetivos pretendidos. Ou apresentando uma vantagem aparente e ela virá até sua armadilha. Ameaçe-a com algum perigo estrutural e/ou estratégico e você poderá pará-la. Então, a habilidade do líder consiste em cansar a concorrência quando esta estiver calma e a vontade; deixá-la com fome quando estiver com provisões; movê-lo quando estiver parada.
Se o inimigo estiver descansando, fustigue-o; se acampado silenciosamente, force-o a mover-se; se bem abastecido de provisões, faça-o ficar esfomeado. Apareça em pontos que o inimigo deva apressar-se a defender. Marche rapidamente para lugares onde não for esperado. Um general e seu exército podem marchar grandes distâncias sem perigo, se o faz por uma região onde o inimigo não esteja. Você poderá ter certeza do sucesso dos seus ataques se executá-los apenas em lugares não defendidos. Poderá ter certeza da segurança de suas defesas se mantiver apenas posições que não possam ser atacadas. Este general é capaz de ataques que o inimigo não saberá como evitar, e capaz também na defesa, cujo oponente não saberá como atacar.
Explore as fraquezas e vulnerabilidades do concorrente e trabalhe bem nessas áreas. Um líder e seus subordinados podem percorrer uma grande trajetória sem estresse desde que atue onde a concorrência não demonstra competência suficientemente boa.. Se um líder atua com confiança é porque sabe que o concorrente não pode se defender ou fortalecer sua posição. Se um líder monitora e defende-se com confiança é porque está seguro que o concorrente não atuará com superioridade técnica e pessoal em determinada área de atuação. Assim, contra o especialista em ataque, o inimigo não sabe onde se defender.
Por outro lado, contra um especialista em defesa, o inimigo não sabe onde atacar. Aquele que tiver capacidade de atacar repentinamente das maiores alturas do céu, fará com que seja impossível ao inimigo defender-se. Assim sendo, os lugares a serem atacados são exatamente os que o inimigo não pode defender... Aquele que for especialista em esconderijos defensivos nas cavernas mais secretas da terra, torna impossível para o inimigo saber o seu paradeiro. Assim, os lugares que ele dominar serão exatamente os que o inimigo não poderá atacar. Oh, arte divina da sutileza e do sigilo! Graças a ti, aprendemos a ser invisíveis, inaudíveis e assim podemos ter o destino do inimigo em nossas mãos.
Podemos avançar e tornar-nos absolutamente irresistíveis, se fizermos isso contra os pontos fracos dele; podemos recuar e nos pôr a salvo da perseguição, se nossos movimentos forem mais rápidos que os do adversário. Se desejarmos lutar, o rival poderá ser forçado a isso, apesar de abrigado numa alta trincheira e num fosso profundo.
Seja extremamente sutil, tão sutil, que ninguém possa achar qualquer vestígio seu.. Seja extremamente misterioso, tão misterioso, que ninguém possa ouvir qualquer informação sua. Se um líder puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do concorrente em suas próprias mãos. O concorrente não pode opor resistência à sua estratégia, porque esta irrompe nos seus pontos fracos. Ao recuar, o líder não pode ser perseguido, porque, movendo-se tão rapidamente, o inimigo não terá condições de perseguí-lo ou alcançá-lo. Aqui vale não ter medo de errar e sim de ter medo de não lançar novos produtos ou serviços.
Tudo o que precisamos fazer é atacar em algum outro lugar e ele será obrigado a socorrê-lo. Se o inimigo é o invasor, podemos cortar suas linhas de comunicação e ocupar as estradas pelas quais terá de voltar; se formos os invasores, podemos dirigir nosso ataque contra o próprio soberano. Deve-se dominar a vontade da concorrência ou incitá-la a recuar ou a errar. Se nós resolvermos atacar, o concorrente não terá escolha, mesmo defendido com modernas estruturas, pois será compelido a lutar conosco porque atacamos onde ele deve defender.
Se não quisermos combater, podemos evitar que o inimigo nos encontre, apesar de as marcas do nosso acampamento estarem esboçadas no chão. Tudo o que precisamos fazer é atirar alguma coisa estranha e inexplicável no seu caminho. Se nós resolvermos não lutar contra ele, nós não o faremos, pois, mesmo que a nossa defesa seja apenas uma linha desenhada, nós o desviaremos para outro objetivo. Descobrindo as disposições do inimigo e nos escondendo, podemos conservar nossas forças concentradas, enquanto as dele podem ser divididas. Se nós conseguirmos fazer o concorrente denunciar sua tática, ao mesmo tempo em que ocultamos a nossa, podemos reunir as nosso pessoal e confundir os do concorrente.
Se as disposições do inimigo são visíveis, podemos atingi-las como um só corpo; desde que nossas forças sejam mantidas secretas, ele será obrigado a dividir as dele, para evitar ser atacado de todos os lados. Podemos organizar um corpo único enquanto o inimigo fraciona suas forças. Se nós concentrarmos nossas forças em um lugar, enquanto o concorrente dispersa suas próprias forças em dez lugares, então nós seremos dez contra um quando lançarmos o nosso ataque. Conseqüentemente, haverá um ataque compacto contra partes separadas de um todo, o que significa que seremos muitos contra poucos.
E se formos capazes de atacar uma força inferior com outra superior, nossos adversários estarão em maus lençóis. Se nós tivermos que usar muitos para golpear poucos, então será bastante fácil negociarmos, pois o inimigo será pequeno e fraco. O local onde pretendemos lutar não deve ser revelado, pois assim o inimigo terá de se preparar contra um possível ataque em vários pontos diferentes; e se suas forças estiverem distribuídas em várias direções, a quantidade que deveremos enfrentar em cada local será proporcionalmente pequena. O lugar que nossas forças pretendem atuar não deve ser do conhecimento do concorrente.
Deste modo, se ele não puder prever o campo de atuação terá que se precaver em muitos lugares e quando ele toma precauções em muitos lugares, sua equipe, qualquer que seja o local, será pouco numerosa. Para que o inimigo possa fortalecer sua vanguarda, deverá enfraquecer a retaguarda; fortalecendo esta, enfraquecerá aquela; fortalecendo a esquerda, enfraquecerá a direita; se fortalecer a direita, enfraquecerá a esquerda. Se enviar reforços para todos os cantos, será fraco em todos eles. Se o concorrente toma precauções na frente, sua retaguarda estará fraca; se ele toma precauções na retaguarda, sua frente será frágil; se sua esquerda estiver fortalecida, sua direita estará debilitada; se sua direita estiver bem preparada, a sua esquerda será destruída facilmente; se ele fortalece em todos lugares, ele estará, em todos lugares, fraco. Aquele que toma precaução em muitos lugares, estará pouco numeroso em muitos lugares.
A fraqueza numérica decorre da necessidade de se preparar contra possíveis ataques; a força numérica, de obrigar o adversário a fazer aqueles preparativos contra nós. Aquele que possui poucas forças tem que tomar precauções em todos lugares contra possíveis ataques; aquele que tem muitas tropas compele o inimigo a preparar-se contra seus ataques. Conhecendo o local e a hora da próxima batalha, podemos nos concentrar a grandes distâncias para lutar.
Mas, se nem o local nem a hora forem conhecidos, então o flanco esquerdo será impotente para socorrer o direito; o direito igualmente impotente para socorrer o esquerdo, a vanguarda será incapaz de desafogar a retaguarda e esta de apoiar a vanguarda. Ainda mais se os segmentos mais afastados do exército estiverem separados por uma centena de li e os mais próximos por vários li! Uma campanha é um momento de compra e venda.
Se um líder sabe o momento certo de avançar no mercado, é como a bolsa de valores, atuar no momento certo para isso ele precisa de uma equipe no campo das especulações, outra no campo das compras outra nas informações políticas, outra em econômicas e assim por diante, ele pode conduzir as suas equipes para longe, mesmo para uma campanha decisiva. Se ele não sabe nem o lugar, nem a hora de uma campanha, então o seu lado esquerdo não pode ajudar a sua direita e a ala direita não pode salvar a esquerda; a linha da frente não pode auxiliar a equipe de apoio, nem a equipe da de apoio pode ajudar a linha da frente. E assim será, não importando se as equipes estejam a perto ou longe. Mesmo que o inimigo seja mais forte em tropas, podemos impedi-lo de combater.
Planeje de forma a descobrir seus planos e a sua probabilidade de sucesso. Provoque-o e descubra a base da sua atividade ou inatividade. Force-o a revelar-se, de forma a exibir seus pontos vulneráveis. Compare meticulosamente o exército adversário com o seu, de forma a saber onde a força é superabundante e onde é deficiente. Ao preparar arranjos táticos, o melhor a fazer é ocultá-los; oculte seus arranjos e estará a salvo da curiosidade de espiões hábeis e das maquinações dos cérebros mais cultos. O que o vulgo não pode compreender é como a vitória pode ser obtida por ele a partir das próprias táticas do inimigo.
Todos podem ver as táticas individuais necessárias para conquistar, mas quase ninguém pode ver a estratégia através da qual se obtém a vitória total. As táticas militares são o contrário da água; esta, em seu curso natural, corre dos lugares altos velozmente para baixo. Na guerra, porém, o caminho é evitar o que é forte e golpeá-lo quando estiver fraco.
Na minha opinião, embora as equipes (concorrentes) sejam muito numerosas, de que forma isto poderá ajudá-los a obter uma vitória contra nós ? Eu digo que a vitória pode ser criada. Até mesmo se as equipes concorrentes forem muitas, nós podemos achar um modo de torná-las impossibilitadas de agir. Considere e analise a situação do concorrente e onde ele deseja trabalhar, assim, você pode ter uma compreensão clara das suas chances de sucesso. Determine os seus padrões de ataque e de defesa, descubra os seus pontos vulneráveis. Avalie sua estrutura física, pessoal e técnica, você pode saber o valor das forças e as insuficiências que ela apresenta. Realize pequenos ataques para determinar onde concorrente é forte e onde ele é vulnerável.
O mais elevado dom da arte militar de enganar o concorrente é esconder suas intenções. Assim, mesmo os espiões mais penetrantes do concorrente não poderão espionar e, nem sequer o homem mais sábio poderá conspirar contra você. Mesmo que você torne público o posicionamento estratégico que o levou às vitórias, elas não serão compreendidas. Embora todo o mundo saiba suas táticas vitoriosas, jamais conseguirão aprender como você foi chegou a definir a posição vantajosa que o levou a vitória. Mas lembre-se: não destrua seu concorrente e sim suas más intenções!
A água modela seu curso de acordo com a natureza do solo por onde passa; o soldado prepara sua vitória de acordo com o inimigo que está enfrentando. Assim, exata mente como a água não mantém sua forma constante, também na guerra não há condições constantes. Os cinco elementos - água, fogo, madeira, metal, terra - não são sempre igualmente predominantes; as quatro estações dão lugar umas às outras. Há dias curtos e longos; a lua tem períodos minguantes e crescentes. Quem conseguir modificar suas táticas em relação ao adversário e, dessa forma, sair vencedor, pode ser denominado capitão celeste.
As estratégias de mercado são como a água corrente. A água corrente sempre se move de cima para baixo, evita o terreno alto e flui para o terreno baixo. Assim, são as estratégias de mercado, sempre evitam os pontos fortes do concorrente e atacam os seus pontos fracos. Assim como o rio altera o seu curso de acordo com os acidentes do terreno, a equipe varia seus métodos de obter a vitória de acordo com o nível do concorrente.
Portanto, o modo de atuar nunca permanece constante, assim como a água nunca flui da mesma maneira. Aquele que dirige as operações estratégicas com grande habilidade, pode obter a vitória empregando táticas apropriadas de acordo com as diferentes situações do concorrente. Tal qual os cinco elementos, onde nenhum é exclusivamente predominante, as quatro estações, das quais nenhuma dura para sempre; os dias que são ora longos, ora curtos; e a lua, que ora cresce e ora mingua.
A filosofia chinesa clássica enumera como os cinco elementos : Metal, Madeira, Água, Fogo e Terra, representando os cinco estados de forças de expansão ou condensação.
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