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A economia brasileira tem avançado pouco em sua produtividade. Segundo Marcelo Neri, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nas nações mais desenvolvidas, a produtividade do trabalho está crescendo a um ritmo mais rápido.
“Na década de 1980, a produtividade do trabalho das nações mais avançadas era cerca de 180% e 200% maior que a brasileira. Agora, ela está em cerca de 300%”, disse.
A SAE vai elaborar um mapa das iniciativas públicas para incentivar a produtividade. O trabalho deverá ser finalizado em março, coincidindo com a reunião dos Brics, grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, China, índia e África do Sul.
Neri afirmou que, na última década, houve um avanço no crescimento econômico e na redução da pobreza e da desigualdade, em parte, pela política do salário mínimo e pelas políticas sociais. Agora, em período de quase pleno emprego, os desafios são maiores.
Ricardo Paes de Barros, subsecretário da SAE, afirmou que há cerca de cem políticas públicas para a produtividade, mas acredita que falta ações coordenadas. “O mapa será importante para identificar os problemas, pois temos políticas, e até a produtividade da Argentina cresce mais que a nossa”, explica.
Ontem (25), o Dieese informou que o desemprego em sete regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto caiu de 10,9% em julho para 10,6% em agosto. Essa foi a quarta queda consecutiva. A renda média dos trabalhadores subiu 1,2%, para R$ 1.632.
Por Henrique Gomes Batista/ O Globo
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