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O dólar tinha um dia instável ante o real nesta sexta-feira (20), tentando buscar um patamar de equilíbrio na ressaca após a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, de manter o atual ritmo do seu programa de estímulos monetários.
Por volta das 12h35, o dólar operava com variação positiva de 0,26%, a R$ 2,2072 na venda, depois de trocar de sinal várias vezes na sessão, oscilando entre R$ 2,19 e 2,22.
"A gente está vivendo a ressaca pela decisão da manutenção da política monetária nos Estados Unidos", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. "O mercado talvez esteja testando o nível de R$ 2,20", acrescentou.
Na quarta-feira (18), o Fed disse que continuará comprando títulos ao ritmo de US$ 85 bilhões por mês por enquanto, expressando preocupação de que um forte aumento nos custos de empréstimos nos últimos meses possa pesar sobre a economia.
Após o término da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, o dólar fechou em queda de 2,89%, a R$ 2,1942, seu menor nível desde 26 de junho. Desde o início da semana, a divisa acumula queda de cerca de 3,52%.
Levantamento da CMA, empresa de tecnologia e informações financeiras, aponta que o real foi a moeda que mais se valorizou frente ao dólar em setembro no acumulado até o dia 18: 5,21%. A segunda moeda com maior valorização foi o rande sul-africano, com valorização de 4,31%.
"O mercado deve se acomodar por enquanto e aparentemente está sinalizando que esta taxa está começando a ficar ideal, mas ainda deve testar alguns níveis", afirmou o gerente de câmbio a corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nesta sexta-feira, o Banco Central realizou duas etapas de leilão de venda de até US$ 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra. Na primeira, a taxa de recompra em 3 de janeiro do ano que vem foi de R$ 2,2514. Na segunda, a recompra em 2 de julho de 2014 será pela taxa de R$ 2,342985.
Reuters
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