Nesta terça-feira (17), está agendada para a 11 horas da manhã em Brasília a visita do presidente mundial da Audi, Rupert Stadler, ao gabinete da presidente da República, Dilma Rousseff, no encontro em que o executivo deve anunciar oficialmente a retomada da produção de carros da marca alemã no Brasil. Stadler virá acompanhado de Bernd Martens, vice-presidente mundial de compras, e Jörg Hofmann, que no início deste mês foi nomeado presidente da Audi no País. Na semana passada, durante o Salão de Frankfurt, Hoffmann disse que a empresa preparava um “grande plano de investimento no Brasil”, para vender 30 mil veículos por ano, mas evitou confirmar a produção brasileira.
O anúncio oficial acontece após quase um ano de especulações e rumores, mas não é nenhuma surpresa. Há menos de um mês, em 22 de setembro, a Audi já havia confirmado ao governo do Paraná que voltaria a fabricar automóveis no Estado, no mesmo complexo em conjunto com a Volkswagen, onde já fez isso antes, de 1999 a 2006, quando produzia o A3 na unidade, montado sobre a mesma plataforma do Golf até hoje fabricado lá. A informação escapou um dia depois do presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Mauro Borges Lemos, durante sua apresentação na 21ª edição do Simea, Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva. Só faltava, portanto, a visita protocolar do presidente mundial da companhia para confirmar o investimento.
Depois da adoção das políticas do Inovar-Auto, ficou difícil concorrer no mercado brasileiro sem a produção local, tendo em vista que os principais concorrentes da Audi já traçaram seus planos para a introdução de modelos montados localmente. A BMW já constrói fábrica em Santa Catarina e a Mercedes-Benz também está próxima de anunciar a retomada da fabricação de carros no País, em nova planta que está sendo disputada pelos estados de São Paulo e Santa Catarina.