Produção industrial tem queda em 20 de 27 setores, diz IBGE

Para a indústria de produtos de metal a queda foi de 4,3%, enquanto de máquinas, aparelhos e materiais elétricos foi de 4,5%.

A queda na produção da indústria brasileira em maio foi generalizada, atingiu 20 dos 27 segmentos pesquisados e todas as categorias de uso, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média, a produção caiu 2% em maio ante abril, feitos os ajustes sazonais.
 
Alimentos, com queda de 4,4% na produção, máquinas e equipamentos (-5,0%) e veículos automotores (-2,9%) foram os setores que mais influenciaram o recuo verificado em maio, que mais que devolveu a alta de 1,9% registrada em abril. 
 
Com o resultado de maio, o segmento alimentos eliminou o avanço de 4,3% assinalado em abril; o de máquinas e equipamentos apontou a primeira taxa negativa desde dezembro do ano passado, acumulando nesse período crescimento de 20,7%; e o de veículos interrompeu dois meses de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 15,1%.
 
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria partiram de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-8,2%), mobiliário (-11,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-9,0%), produtos de metal (-4,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,5%), minerais não-metálicos (-2,3%), outros equipamentos de transporte (-3,1%) e calçados e artigos de couro (-7,3%). 
 
Entre as seis atividades que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por bebidas (4,8%), que recuperou parte da perda de 5,9% assinalada no mês anterior, refino de petróleo e produção de álcool (1,6%) e metalurgia básica (1,1%).
 
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com abril, bens de capital, ao recuar 3,5%, assinalou a queda mais acentuada em maio de 2013 e interrompeu quatro meses de resultados positivos consecutivos, período em que acumulou expansão de 15,3%. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-1,2%), de bens intermediários (-1,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-1,0%) também registraram taxas negativas nesse mês, com o primeiro interrompendo dois meses seguidos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 5,8%; o segundo eliminando o avanço de 0,8% observado entre março e abril; e o último revertendo o acréscimo de 0,7% assinalado no mês anterior.
 
Na comparação com maio de 2012, em que a indústria aumentou a produção em 1,4%, houve aumento em apenas 12 das 27 atividades. O IBGE observa que maio de 2013 teve um dia útil a menos (21) que igual mês do ano anterior.