O Brasil atingiu a marca histórica de 20 milhões de veículos equipados com motores flex na sexta-feira (28), dez anos após o lançamento do primeiro carro bicombustível no País, capaz de rodar com etanol ou gasolina em qualquer proporção. A informação foi revelada pelo presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan Yabiku Jr., em sua participação no painel “Cenários 2020: a evolução da tecnologia flex”, realizado durante o Ethanol Summit 2013, em São Paulo.
No mesmo evento, Besaliel Botelho, presidente da Bosch para a América Latina, disse que o próximo passo da tecnologia flex será a introdução da injeção direta de combustível, provavelmente em 2015. “A redução no consumo pode ser de 20% a 25%”, afirmou. Botelho também adiantou que os veículos híbridos deverão estrear no mercado em 2018. E dois anos depois a conectividade da web 3.0 deverá estar à disposição dos consumidores, junto com os primeiros modelos elétricos. Quanto ao custo das inovações, o executivo lembrou que a tecnologia tem seu preço amortizado quando há escala de produção.
Alvaro Toubes Prata, secretário de desenvolvimento tecnológico e inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, informou sobre a criação pelo governo da Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial, a Embrapi. “Queremos repetir na indústria o efeito positivo que a Embrapa teve na agricultura”, disse.
O painel tratou de inovações para os motores flex e Thomas Apostolos, presidente da Ricardo Inc., disse que a redução do tamanho dos motores (downsizing) deverá vir acompanhada da aplicação de tecnologia turbo. “A performance é bastante satisfatória”, lembrou.
Por Fernando Neves/ Automotive Business