Fonte: IBS - 18/06/07
A Alstom, empresa de infra-estrutura de geração de energia e transporte metro-ferroviário, assinou contrato de 330 milhões de euros (cerca de US$ 440 milhões) com o grupo alemão ThyssenKrupp para fornecimento de equipamentos e sistemas para a construção da usina térmica de 490 megawatts (MW) da Companhia Siderurgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz, no Rio de Janeiro.
Formada por 90% de capital do ThyssenKrupp e por 10% de capital da Vale do Rio Doce, a CSA terá investimento superior a US$ 3 bilhões e previsão do início da operação em 2009
O fornecimento será feito em regime turn key, operação comercial em que o vendedor monta e instala máquinas e equipamentos em condições de pleno funcionamento. O diretor de negócios da Alstom, Carlos Cicchi, explicou que a empresa será responsável pela fabricação e fornecimento de todos os equipamentos, assim como dos serviços da engenharia.
A térmica será composta por uma turbina de vapor, três geradores de turbo e duas turbinas de gás GT11N2. O gás a ser utilizado para abastecer a térmica será proveniente dos altos fornos do novo complexo siderúrgico.
A usina vai usar o gás residual do processo de fabricação do aço para gerar energia. O excedente será repassado para o Sistema Interligado Nacional.
Pioneiro no país. "Pela primeira vez no Brasil, a turbina de gás natural será adaptada para produzir gás metalúrgico. Além do ganho energético de 10%, o gás produzido é mais limpo. Não houve problemas para conseguir a licença ambiental", afirmou.
De acordo com Cicchi, o Brasil será o terceiro país no mundo a utilizar a tecnologia. Com exceção do uso do gás metalúrgico, o projeto desenvolvido será praticamente o mesmo realizado pela Alstom nas usinas termelétricas TermoRio e na TermoBahia.
A CSA é o maior projeto da Alstom no Brasil atualmente.
A nova siderúrgica vai produzir 5 milhões de toneladas de aço ao ano e, deste total, 2,1 milhões serão exportados para a Europa e o restante aos países da América do Norte.Além das termelétricas, a Alstom forneceu equipamentos para Usina Hidrelétrica de Tucuruí e Itaipu. A fornecedora também tem projetos de construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) no Brasil, como de Santa Fé, Bonfante, Monte Serrat, Jararaca, Da Ilha.
A Alstom emprega 69 mil pessoas em 70 países e em 2006/2007 faturou 14,2 bilhões de euros. O grupo fabrica trens e metrôs automatizados. Fornece também, usinas integradas turn key e serviços associados para diferentes fontes de energia, entre as quais, a hidreletricidade, o gás e o carvão.
Na parte de logística, a ThyssenKrupp Steel selecionou a solução RFID da Sybase iAnywhere para a identificação de suas chapas de aço, que será utilizada tanto na CSA como no porto de Duisburg, Alemanha. Ao todo, serão transportadas 250 mil chapas anualmente, das quais 100 mil serão processadas nas usinas da ThyssenKrupp Steel localizadas na Alemanha.
"O uso da tecnologia RFID para marcar as chapas de aço nos permite ler os dados em longas distâncias e transferir automaticamente as informações para os nossos sistemas de TI para processamento, sem necessidade de nenhum contato físico com os produtos", disse Gerhard Thiel, gerente de projeto da ThyssenKrupp Steel.
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