Do lado de fora, ele parece um grande braço robótico industrial segurando um cockpit. Mas, para o piloto dentro do simulador, tudo se parece com uma aeronave real, incluindo as paisagens ao redor e abaixo dele.
Depois que o piloto se senta neste que se tornou o mais moderno simulador de voo do mundo, o braço robótico posiciona-se em um lado da sala cercado de telas de alta definição de todos os lados - incluindo o teto e o chão.
Isso cria um ambiente totalmente imersivo, permitindo que o piloto tenha uma visão completa da paisagem ao redor, incluindo cenas reais de aeroportos.
Quando ele manipula os controles, os comandos de voo são convertidos em movimentos correspondentes do braço robótico em tempo real. Os pilotos geralmente estudam e são treinados em cabines montadas sobre uma plataforma móvel com seis graus de liberdade.
O grande inconveniente destes sistemas é o preço, variando entre 10 e 30 milhões de dólares.
"Um simulador montado em um robô industrial pode reduzir estes custos para cerca de um milhão de euros [US$1,3 mi]", explica Tobias Bellmann, que desenvolveu o simulador robótico com seus colegas Johann Heindl e Olaf Gühring, todos do Centro Aeroespacial Alemão (DLR).
O grande feito do trio foi usar um único braço robótico para implementar o voo de forma interativa.
Isso significa que o piloto não precisa voar em trajetórias predefinidas - ele pode controlar a cápsula do jeito que quiser.
"Para nós, isso significa que os movimentos do braço robótico têm que ser calculados em tempo real - em outras palavras, muito rapidamente - porque não podem ser planejados com antecedência", explica Bellmann.
O simulador também pode funcionar para outros tipos de veículos, incluindo carros e até navios - para isto, basta trocar o software de controle e as cenas projetadas nas telas.