Se depender dos esforços do governo do Rio de Janeiro, a japonesa Nissan também irá produzir no Estado o elétrico Leaf, que já roda como táxi no País. Seria um investimento adicional de R$ 400 milhões na planta de Resende (RJ), onde já está confirmada a produção dos modelos March e Versa a partir do primeiro semestre de 2014. A fábrica fluminense está em construção desde 2011, recebe aportes de R$ 2,6 bilhões e terá capacidade inicial 200 mil veículos/ano.
No dia 16 de abril, o governo do Rio publicou no Diário Oficial um decreto para oficializar a criação do GT Veículos Elétricos, um grupo de trabalho que estuda desde maio a infraestrutura necessária e a localização ideal para a implantação de uma fábrica de veículos elétricos no Estado. Coordenado pelo Programa Rio Capital da Energia, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeis), o grupo conta com representantes de várias secretarias estaduais, das empresas Nissan, Petrobras, Light, Ampla e da Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro (Rio Negócios).
Maria Paula Martins, coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, explica que a partir dos estudos do grupo é que seria viabilizada uma planta de elétricos da Nissan, pioneira nesse tipo de veículo no mundo. “O Estado não teria participação nessa fábrica. O investimento é privado”, adianta. Mas incentivos do governo estadual poderão ser concedidos, como já vem acontecendo com outras montadoras, que têm parte do ICMS financiado durante fase de investimento, por exemplo.
De acordo com informações da Agência Brasil, a Nissan já confirmou um investimento de cerca de R$ 400 milhões para a nova fábrica durante o lançamento do programa de táxis elétricos na cidade do Rio, no início de março, que colocará numa primeira fase dois Leaf e, até o fim do ano, mais 13 em circulação na capital fluminense.
Procurada por Automotive Business, a assessoria de imprensa da Nissan diz que ainda não tem nada a declarar sobre o assunto, mas que em junho algumas novidades serão anunciadas, dando a entender que a fábrica pode sim sair do papel e dos diálogos do grupo GT Veículos Elétricos.
Por Camila Franco/ Automotive Business