Notícias
Para cada metal específico, existe uma temperatura crítica, abaixo da qual a fratura é frágil. O campo de transição define a passagem do comportamento frágil para o dúctil. O conhecimento do comportamento de cada material é essencial para objetivos de projeto. A temperatura de transição, em termos simples, é a temperatura abaixo da qual a fratura do material é frágil.
Existem certos conceitos básicos e abordagens que são descritas abaixo, para melhor entendimento da questão da temperatura de transição.
Tipos de materiais e campos de temperaturas de transição
Pode-se dividir o comportamento da temperatura de transição dos materiais em três grupos básicos, a saber:
Critérios para determinação da temperatura de transição
Para efeito práticos de projeto o conhecimento da temperatura de transição é essencial, pois a partir dela pode-se planejar as condições de serviço de forma a não ocorrer fratura frágil do componente projetado.
Existem vários critérios para estabelecer a temperatura de transição para um material.
O critério mais simples e mais seguro (mais conservador) é estabelecer a temperatura do patamar superior da curva de energia , com 100% de fratura fibrosa (ausência de clivagem). Este é o ponto representado por T1 na figura. O critério é denominado FTP (do inglês fracture transition plastic) ou transição para fratura plástica. Este critério usa uma larga margem de segurança o que o torna impraticável para muitas aplicações.
Um critério menos rígido define a temperatura de transição , T2, para 50% de fratura dúctil (ou frágil). A temperatura T2 é denominada temperatura de transição de aparência de fratura FATT (em ingles fracture appearance transition temperature) Observações tem mostrado que para níveis de fratura por clivagem menores que 70%, a probabilidade da falha ocorrer em temperaturas iguais ou superiores a FATT é muito pequena, para tensões não superiores a metade do valor de escoamento.
Uma outra aproximação para a temperatura de transição T3 é a média entre os valores dos patamares superior e inferior.
Outro critério é a temperatura de transição de ductilidade T4 associada com um valor arbitrário de energia absorvida CV (ver figura), estabelecido com base na experiência de ensaios Charpy. Por exemplo, este valor de energia foi fixado em 2,1 kgf.m para aços de baixa resistência, com base em inúmeros testes realizados com chapas para navios durante a segunda guerra. Isto significava que a fratura frágil não começaria se a energia absorvida tivesse o citado valor, na temperatura de ensaio. A temperatura de transição correspondente é um critério aceitável, entretanto o valor da energia especificado no exemplo não tem significado para outros materiais.
Por último, um critério mais acurado é fixar a temperatura de transição, T5, como sendo aquela na qual a fratura ocorre 100% por clivagem. Esta referência é conhecida como atemperatura de ductilidade nula NDT (em ingles nil ductility temperature) . Este ponto corresponde ao início de fratura praticamente sem nehuma deformação plástica prévia. A probabilidade de fratura dúctil abaixo desta temperatura é zero.
Outras influências sobre a temperatura de transição
A composição, elementos de liga e inclusões podem afetar a temperatura de transição do material. São os fatores metalúrgicos. Veja listagem destes fatores metalúrgicos.
Gostou? Então compartilhe:
Notícias relacionadas
Faça seu login
Ainda não é cadastrado?
Cadastre-se como Pessoa física ou Empresa