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Pedro Al Shara | 14/11/2023
Notícias
As práticas de ESG não são novas e seus três pilares alcançaram um status de obrigatórios para empresas que possuem responsabilidade
O segmento de energia carrega consigo uma importância ímpar para qualquer sociedade, mas no Brasil ele dispõe de ainda mais prestígio, devido a abundância de recursos naturais que temos à disposição e sua ampla diversidade energética. Além disso, as tendências de consumo da população por este recurso só aumentam, conquistando o interesse de grandes investidores nacionais e internacionais no mercado. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), haverá um crescimento de 27% no uso de energia até 2029, e, com este cenário positivo, precisamos estar sempre atentos às inovações do mercado para que haja um desenvolvimento cada vez mais sustentável, responsável e estratégico.
As práticas de ESG não são novas e seus três pilares alcançaram um status de obrigatórios para empresas que possuem responsabilidade com seus meios e comunidades. Hoje, os consumidores são muito mais politizados e checam os mínimos detalhes dentro de uma empresa antes de se conectar com ela. Por isso, as marcas que não se adequarem a este novo perfil de consumo e novas demandas terão problemas para prosperar.
Pensando nisso, destaco três práticas fundamentais que devem ser aderidas pelas empresas de energia para uma operação mais sustentável:
A descarbonização é, sem dúvida, o maior desafio de todas as empresas para o futuro quando falamos em sustentabilidade. Já vemos países como Estados Unidos e Suécia traçando metas para zerar a emissão de carbono em seus domínios para os próximos anos e isso é extremamente positivo. Se no Brasil ainda estamos distantes de chegar as diretrizes “carbon zero”, nós já podemos começar a caminhar neste sentido. Nossa abundância de recursos renováveis permite que possamos fazer a troca destes recursos, trazendo, além de sustentabilidade, mais redução de custos, eficiência energética e a certeza de contar com um recurso que não esgotará com o tempo. Um exemplo de investimento neste sentido é a instalação de grandes painéis solares em indústrias que estão localizadas em ambientes com grande incidência de raios UV. As opções são vastas, portanto, é necessário que haja um estudo detalhado do local em que a empresa está localizada para indicar a melhor opção de energia renovável naquele ambiente.
O cenário do setor energético brasileiro é de uma transformação pautada por soluções inovadoras e a automação das operações empresariais é um caminho sem volta. A cada dia que passa vemos novas soluções que podem ser utilizadas para trazer mais eficiência energética ao trabalho. Para efeito de dimensão, o número de startups brasileiras voltadas para a área de energia cresceu 29,82% durante o período de dezembro de 2020 e outubro de 2021, segundo levantamento realizado pelo Instituo EPE (Empresa de Pesquisa Energética), e elas trazem consigo o DNA da inovação, com ferramentas cada vez mais completas e menos nocivas ao meio ambiente. Atualmente, já encontramos no mercado sistemas de iluminação inteligentes que economizam energia segundo a quantidade de pessoas dentro de um estabelecimento, variando sua intensidade conforme a necessidade, sendo este apenas um exemplo de solução que pode trazer mais gestão energética e redução de custos.
A energia é uma indústria que lida com uma variedade de componentes e resíduos que podem ser prejudiciais ao meio ambiente e até mesmo para a saúde dos colaboradores se não forem descartados em um local correto, como as baterias de nobreaks, por exemplo. Fazer o descarte correto destes materiais é parte fundamental para uma operação verde, trazendo diversos benefícios ao negócio. O primeiro deles tange o campo do direito, existem regulamentações rigorosas em vigor no nosso país sobre o gerenciamento de resíduos perigosos e substâncias químicas. O descarte irregular de materiais pode causar multas a companhia, além de danos à reputação da empresa com seu público, já o oposto traz impactos positivos na eficiência operacional e gestão de seus recursos. Para que o descarte ocorra de forma correta é necessário que haja uma auditoria abrangente dos resíduos gerados em toda a operação da empresa, estudos frequentes com sistemas de monitoramento que consigam rastrear como está sendo feita a gestão dos resíduos e trazer dados sobre o ciclo de vida dos produtos. Além disso, a educação corporativa é outro ponto fundamental, pois só será possível fazer o descarte correto dos materiais se toda a equipe da empresa estiver engajada, e, para isso, é necessário reuniões, conversas, incentivos aos colaboradores e adesão de práticas de reciclagem.
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O trabalho para uma operação mais ecológica é árduo, mas ele traz inúmeros benefícios para a eficiência energética da marca, economia, relação com seus consumidores e muito mais. Estamos vivendo uma forte onda de sustentabilidade, com apoio de grandes empresas de variados setores e entidades pública no país, sendo o momento ideal para iniciar uma jornada de transformação ecológica em seu ambiente corporativo.
*Imagem de capa: Depositphotos
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Pedro Al Shara
Pedro Al Shara é CEO da TS Shara, indústria nacional fabricante de nobreaks, inversores e estabilizadores de tensão e protetores de rede inteligente.
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