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Gabriela Pederneira | 03/08/2022
Notícias
Nascentes em tecnologia trazem disrupção para o mercado de forma acelerada
Startups são sinônimo de inovação. Por serem nascentes em tecnologia e prezarem por uma cultura de testes e de desenvolvimento rápido, essas empresas quebram a lógica burocrática de negócios tradicionais e imprimem disrupção no mercado. E na indústria não poderia ser diferente.
De acordo com o último relatório do Panorama Conexão Startup Indústria, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), 22% das 408 indústrias ouvidas já negociaram com startups e 21% estão em processo de negociação.
A interação desses dois mundo é uma forma de trazer a inovação para dentro das fábricas de forma rápida e mais barata. Isso porque, no lugar das indústrias desenvolverem todo um processo de solução inovadora - que pode se alongar mais do que o convencional por conta de estruturas engessadas e pouco digitais -, elas fazem parcerias com startups e trazem as tecnologias para dentro dos campos fabris.
O processo de parceria é benéfico para os dois lados: a indústria, como falamos, ganha agilidade com a implementação de uma solução adaptável, na maior parte das vezes, que resolve um problema real; já a startup ganha poder financeiro para continuar desenvolvendo suas soluções, além de conseguir validá-las em aplicações reais.
Um estudo da Gestão 4.0, empresa de educação com foco em negócios, mostrou que 83,7% das startups brasileiras de impacto têm como objetivo impulsionar o desenvolvimento econômico nacional. O terceiro campo de atuação mais comum para que as nascentes em tecnologias consigam cumprir com este propósito é o industrial.
Das 374 startups ouvidas, 31,8% inovam para promover uma industrialização mais sustentável. O segredo dessas empresas para conseguirem mudar paradigmas de setores tão tradicionais quanto o industrial é a agilidade.
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Com uma estrutura enxuta focada em testar soluções para problemas reais do mercado, as startups erram rápido, para poderem chegar no produto ou serviço ideal de forma acelerada e alinhada com o mercado.
Para isso, os métodos de gestão são diferenciados, os ciclos de desenvolvimento são curtos, reuniões de aprendizagem são constantes e os testes com o mercado são a base deste tipo de negócio.
E é aí que as indústrias podem se beneficiar. Muito mais do que consumir os serviços e produtos disruptivos das startups, elas podem fazer parte da inovação, trazendo problemas reais para que as empresas inovadoras pensem e desenvolvam soluções.
As indústrias podem ser campo de testes para as hipóteses das startups, assim, também se aproveitam da agilidade para resolver gargalos por meio da tecnologia. Isso traz maior competitividade e desenvolvimento acelerado para os parques fabris nacionais.
Imagem de capa: Depositphotos
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