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Guilherme Alfredo Kastner    |   29/04/2020   |   Projeto Descomplicado   |  

Vida que segue e cadeia que muda

O primeiro impacto sentido pelo isolamento social instaurado para conter o avanço da covid-19 foi o fechamento da China, com isso o mundo todo experimentou momentos de falta de suprimentos. 

Em algum momento, porém, a rotina vai retornar após a crise do novo coronavírus e muitas coisas tendem a ser diferentes depois da pandemia.

Impacto direto da Covid-19

Desde artigos para saúde até peças automobilísticas, a China se tornou um grande fornecedor para diversas cadeias produtivas brasileiras. Dentro do contexto da pandemia, isso acende um sinal de alerta, uma vez que, como vimos, se o país asiático se fechar, vários setores por aqui irão sofrer com os impactos.

Por exemplo, vejam notícias a respeito da dependência de respiradores e equipamentos médico-hospitalares.

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Por mais que o Brasil consiga produzir testes convencionais para confirmar a presença de coronavírus, os testes rápidos são importados dos países asiáticos. Ao se perceber o perigo da dependência mundial de uma única região, os países começaram a fazer estudos para incentivar a produção nacional. 

No Brasil não é diferente.  Veja a notícia : Clique aqui 


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Outras cadeias

Além da saúde, outras cadeias passaram a se movimentar para diminuir a dependência de um único fornecedor. Veja o exemplo do Japão.

Para a indústria automobilística, as férias se iniciaram no Brasil não por conta da infecção em um primeiro momento, mas pela falta de matéria-prima. Confira aqui.

Esses exemplos reacendem o debate sobre a nacionalização de algumas produções após a pandemia. Muito se fala em recriarmos uma nova cadeia no Brasil para racionalizarmos o que era fabricado em solo oriental, a fim de nos tornamos mais independentes. Isso, porém, impõe muitos desafios. 

Lançamentos tecnológicos

Em um cenário de maior produção nacional, um boato que vem ganhando força é o da fabricação dos novos iPhones SE 2 da Apple no Brasil. Inclusive com imagem do site da Apple, indicando uma eventual indústria brasileira.

As especulações não têm confirmação, mas onde tem fumaça, tem fogo. Com o atual cenário, deveremos estar vivendo uma mudança nas cadeias produtivas para descentralizar a dependência chinesa. O próprio presidente dos Estados Unidos busca alternativas a esse cenário, mas por meios não tão políticos. O que antes parecia uma guerra comercial, agora ganha proporções e impactos logísticos. Vejam o que já era notícia em 2019.

Existem muitos incentivos e demandas pela mudança de geografias industriais em lançamentos tecnológicos.

Mola comprimida

Muitos mencionam que a indústria  se assemelha a uma mola que está se comprimindo, durante essa paralisação por conta do coronavírus. Mas a tendência é  que tudo isso passe, e uma transformação nas cadeias produtivas ocorra. Com a mola liberada, existiria uma explosão na demanda, com uma nova leva de itens vindos:

  • Novas indústrias

  • Novas tecnologias

  • Uma nova demanda por outros processos e uma nova engenharia, que é o foco dessa coluna.

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Guilherme Alfredo Kastner

Técnico de aplicações da SKA Automação de Engenharias desde setembro de 2004. Trabalhou com diversas Soluções Autodesk, SolidWorks. Nos últimos anos o trabalho tem sido focado na melhoria da comunicação das engenharias com os seus clientes dentro das corporações como a fábrica, administrativo e outros setores.


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