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Para que se tenha necessidade de troca de uma tecnologia CAD é necessário que um grande impacto financeiro esteja presente no horizonte.
Caros amigos, neste artigo vamos dar algumas dicas para a escolha de uma tecnologia de CAD 3D para indústria. Com certeza este é um assunto que muitas empresas já passaram e certamente irão passar novamente. Por que eu digo que irão passar novamente? Porque essa não é uma decisão definitiva.
Essa decisão deve ser revista periodicamente. Uma métrica de mercado indica que esse período deva ser em torno de 4 a 5 anos, pois esse é o período que inovações tecnológicas surgem e devem ser avaliadas para medir o quanto pode impactar seu negócio.
Nenhum gerente ou diretor de engenharia acorda pela manhã e diz: “hoje vou comprar uma tecnologia de CAD nova para a empresa”. Por que isso? Porque no final do dia o produto está sendo entregue e a empresa está dando lucro.
Para que se tenha necessidade de troca de uma tecnologia CAD é necessário que um grande impacto financeiro esteja presente no horizonte. Com certeza absoluta eu digo que não existe uma indústria de qualquer setor que não precise de algum tipo de melhoria em seus processos ou em etapas específicas do desenvolvimento.
Há um cuidado que os tomadores de decisões devem ter quando se diz “qualquer ferramenta me atende”, pois não é bem assim. Essa mesma pessoa, muitas vezes, vai falar que “os processos internos da empresa são únicos e diferenciados”.
A ferramenta de CAD/CAE ou CAM devem ser avaliadas segundo critérios bem específicos e estudadas para trazer melhoria aos processos individuais de cada companhia. Não é a solução que o usuário gosta ou acha fácil de usar que vai endereçar seus problemas.
Vamos a alguns exemplos:
-Aperfeiçoar os processos de usinagem fazendo com que as mudanças de engenharia reflitam na manufatura, folhas de processo automatizadas, templates de usinagem com parâmetros predefinidos;
-Atender mais rapidamente a pedidos de clientes criando produtos configurados;
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-Modularização de produto;
-Ferramentas específicas de criação de cavidade, estampos, moldes de fundição e roteamento de cabos e tubulações;
-Requisitos de hardware para avaliar desempenho das ferramentas em condições de grandes montagens, desempenho gráfico e tamanhos de arquivos a serem armazenados;
Estes são apenas alguns exemplos de critérios técnicos que podemos considerar.
Em entrevista a um programa de TV no dia 25/10/2015 o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, menciona que um grande problema da indústria de transformação foi o baixo investimento em tecnologia e sucateamento do parque fabril brasileiro. O investimento no parque fabril é fundamental, mas eu também colocaria nesse grupo o investimento em soluções de gestão da informação, desenvolvimento e gestão de serviços no pós-venda.
Não vai adiantar nada a indústria adquirir uma super máquina operatriz moderníssima se não houver um software de CAD/CAM para alimentar este equipamento com a informação correta.
Finalizando, o investimento em tecnologia se faz necessário e deve ser feito de forma a endereçar os problemas e estes problemas devem ser identificados pelo médio e alto escalão das corporações, não deve ser menosprezado, pois grandes ganhos podem ser atingidos.
Não se pode esperar resultado diferente se fazendo a mesma coisa do mesmo jeito.
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Engenheiro Mecânico formado na UNESP em 1995, pós-graduação em administração industrial e gestão de projetos pela Fundação Vanzolini. Atua no mercado de CAD/CAE/CAM/PLM há 17 anos. Atualmente MSC Software e antes disso na PTC (16 anos), SDRC(2 anos)(Grupo Siemens) e como Eng Projetista (2 anos) com usuario de CAD e CAE
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