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Potencializar ganhos através da qualidade da informação no processo de desenvolvimento é uma ação imediata e pode mudar o desempenho do seu negócio
Nesse próximo artigo quero continuar falando de como o modelo tridimensional pode trazer ganhos no processo produtivo além da engenharia.
Imaginem que após um esforço enorme da engenharia em fazer um modelo 3D repleto de detalhes com uma geometria perfeita, representando o produto real, teste de mecanismos para validar antes do protótipo, análises de resistência estática, dinâmica, fadiga, e simulações de injeção de peças plásticas. Após todo este trabalho detalhado e cheio de riquezas, convertemos todos os modelos em desenhos 2Ds e perdemos a maior parte dos recursos como cheque de interferência, simulações de montagem, propriedades e atributos aplicado ao modelo 3D, estrutura de produto, entre outra propriedades que o 3D permite.
Para aprimorar esses processos uma tecnologia que já está presente na maioria das empresas são as soluções de PLM (Product Lifecicle Managemant). Esta tecnologia permitiu as corporações obterem ganhos fantásticos, reduzindo o tempo de desenvolvimento, permitindo a informação certa ser acessada no momento certo, pela pessoa certa.
Uma das características do PLM é a capacidade de gestão de multiBOM (múltiplas listas de material), este tipo de funcionalidade permite, entre outras coisas, o fluxo da informação 3D no processo, saído da estrutura do CAD (BOM) , dando origem a eBOM (Engineer Bill Of Material), que na sequência da origem a mBOM (Manufacture Bill Of Material) e podendo dar sequência a sBOM (Servise Bill Of Material)
Em muitas corporações o link entre 3D é quebrado no momento da transição da eBOM para mBOM, pois nesse momento o 3D é convertido em documentação 2D para ser inserido no ERP.
Essa inserção das informações no ERP muitas vezes ocorre de forma manual e, no caso de uma mudança de engenharia ou na utilização de informações para os processos seguintes, não se faz uso de uma rica informação que é o modelo 3D do produto.
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Por que não permitir que a informação 3D siga além da engenharia e chegue até ao departamento de métodos e processo e permita a criação de instruções de trabalho com a riqueza de detalhes do 3D? Por que não usar o modelo 3D no chão de fábrica para tirar dúvidas, evitando que a engenharia seja interrompida? Por que não usar a informação em 3D para gerar manuais de serviço e instruções de montagem e manutenção com animações? Por que não usar o modelo 3D na assistência técnica para simular montagens e desmontagem de equipamentos?
A gestão do ciclo de vida sob a visão de um único sistema vai permitir a permeação da informação por todo o processo. Toda documentação vai estar relacionada e controlada, sendo esse sistema a única fonte da verdade em relação ao produto, permitindo uma “visão 360 graus“ das informações durante todas as fases de desenvolvimento, manufatura e serviço dos produtos.
A informação 3D que antes era estanque na Engenharia, agora vai fluir reduzindo retrabalhos, acelerando processos, garantindo a confiabilidade, eliminando dúvidas e erros.
Outros processos integrados poderão ser mais eficientes como Gestão de Mudança, Gestão da Configuração e outro processos que iremos abordar em nos próximos artigos.
O investimento em tecnologia nas corporações muitas vezes é subestimado e substituído por investimentos na produção, porém devemos estar atentos que poderemos obter ganhos mais efetivos fazendo com que a informação que chega à produção ou no serviço pós-venda tenha uma melhor qualidade.
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Engenheiro Mecânico formado na UNESP em 1995, pós-graduação em administração industrial e gestão de projetos pela Fundação Vanzolini. Atua no mercado de CAD/CAE/CAM/PLM há 17 anos. Atualmente MSC Software e antes disso na PTC (16 anos), SDRC(2 anos)(Grupo Siemens) e como Eng Projetista (2 anos) com usuario de CAD e CAE
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